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quarta-feira, 21 de março de 2012

Sobre a Expansão Européia


INTRODUÇÃO
Neste trabalho de investigação que nos foi incumbido com base o nosso tema vamos abordar sobre a expansão  européia, visto que no processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV.





















DESENVOLVIMENTO
Expansão Européia
Através das Grandes Navegações há uma expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa.

O contato comercial entre todas as partes do mundo (Europa, Ásia, África e América ) torna possível uma história em escala mundial, favorecendo uma ampliação dos conhecimento geográficos e o contato entre culturas diferentes.
Fatores para a Expansão Marítima
A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade comercial o fator essencial foi a formação do Estado Nacional.
Formação do Estado Nacional e a centralização política-as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois fazia-se necessário uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros. 
A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos tornando viável a expansão marítima.
Avanços técnicos na arte náutica-o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos-bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as naus e as caravelas.

          Interesses econômicos- a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo ­que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente.
Sociais-o enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da burguesia mercantil.

Religiosos-a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja Católica.
Expansão marítima portuguesa
Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.

           A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.
Entre os anos de 1383 e 1385 o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis -movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal: a expansão marítima.
Etapas da expansão
A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
1445 -chegada ao Cabo Verde;
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.
Expansão marítima espanhola
A Espanha será um Estado Nacional somente em 1469, com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Dois importantes reinos cristãos que enfrentaram os mouros na Guerra de Reconquista.
No ano de 1492 o último reduto mouro -Granada -foi conquistado pelos cristãos; neste mesmo ano, Cristovão Colombo ofereceu seus serviços aos reis da Espanha.
Colombo acreditava que, navegando para oeste, atingiria o Oriente. O navegante recebeu três navios e, sem saber chegou a um novo continente: a América.
A seguir a principais etapas da expansão espanhola:
1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a América;
1504 -Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.
As rivalidades Ibérica
Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar um acordo -proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493: um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha. Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais nações européias.
Navegações Tardias
Inglaterra, França e Holanda.
O atraso na centralização política justifica o atraso destas nações na expansão marítima:
A Inglaterra e França envolveram-se na Guerra dos Cem Anos(1337-1453) e, após este longo conflito, a inglaterra passa por uma guerra civil - a Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 ); já a França, no final do conflito com a Inglaterra enfrenta um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).

          Somente após estes conflitos internos é que ingleses, durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603 ); e franceses, durante o reinado de Francisco I iniciaram a expansão marítima.
A Holanda tem seu processo de centralização política atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência é que os holandeses iniciarão a expansão marítima.

CONSEQÜÊNCIAS

As Grandes navegações contribuíram para uma radical transformação da visão da história da humanidade. Houve uma ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra e uma verdadeira Revolução Comercial, a partir da unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.
A seguir algumas das principais mudanças:
A decadência das cidades italianas; a mudança do eixo econômico ­do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico; a formação do Sistema Colonial; enorme afluxo de metais para a Europa proveniente da América; o retorno do escravismo em moldes capitalistas; o euro-centrismo, ou a hegemonia européia sobre o mundo; e o processo de acumulação primitiva de capitais resultado na organização da formação social do capitalismo.
1) (PUCCamp-SP) -o processo de colonização européia da América, durante os séculos XVI,XVII e XVIII, está ligado à:
a) expansão comercial e marítima, ao fortalecimento das monarquias nacionais absolutas e à política mercantilista.
b) Disseminação do movimento cruzadista, ao crescimento do comércio com os povos orientais e à política livre-­cambista.
c) Política imperialista, ao fracasso da ocupação agrícola das terras e ao crescimento do comércio bilateral. Criação das companhias de comércio, ao desenvolvimento do modo feudal de produção e à política liberal.
d)Política industrial, ao surgimento de um mercado interno consumidor e ao excesso de mão-de-obra livre.
2) Cesup/Unaes/Seat-MS)- Na expansão da Europa, a partir do século XV, encontramos intimamente ligados à sua história:
a) a participação da espanha nesse empreendimento, por interesse exclusivo de Fernando de Aragão e Isabel de Castela, seus soberanos na época;
b) a descoberta da América, em 1492, anulou imediatamente o interesse comercial da Europa com o Oriente;
c) o tratado de Tordesilhas, que dividia as terras descobertas entre Portugal e Espanha, sob fiscalização e concordância da França, Inglaterra e Holanda;
d) Portugal, imediatamente após o descobrimento do Brasil, iniciou a colonização, extraindo muito ouro para a Europa, desde 1500;
e) O pioneirismo purtuguês.
3)(PUC-MG) O descobrimento da América, no início dos tempos modernos, e posteriormente a conquista e colonização, considerando-se a mentalidade do homem ibérico, permitem perceber que, EXCETO:
a) O colonizador, ao se dar conta da perda do paraíso terrestre, do maravilhoso, lançou-se à reprodução da cenografia européia da América;
b) O colonizador, negando o que pudesse parecer novo, preferiu ver apenas o seu reflexo no espelho da história;
c) Colombo se recusava a ver a América, preferindo manter seus sonhos de que estaria próximo ao Oriente;
d) O processo de descrição e observação do novo continente envolvia basicamente a manutenção do universo indígena;
e) A conquista representou a possibilidade de transplante e difusão dos padrões culturais europeus na América.
3) Portugal e Espanha foram as primeiras nações a lançarem-se nas Grandes Navegações. Isto deveu-se, basicamente a/ao:
a) enorme quantidade de capitais acumulados nestas duas nações desde o renascimento comercial na Baixa Idade Média;
b) processo de centralização política favorecido pela Guerra de Reconquista;
c) diferentemente de outras nobrezas, a nobreza portuguesa e espanhola estavam fortalecidas e conseguiram financiar o projeto de expansão marítima;
d) o desenvolvimento industrial da península Ibérica forçou estas nações a buscarem mercados consumidores e fornecedores;
e) espírito aventureiro de portugueses e espanhóis.
A esta questão da 'Expansão Portuguesa e expansão europeia Maritima', pode-se colocar várias perguntas, que problematizam a questão, de entre elas: Terão os povos Ibéricos dado início no século XV à expansão Ocidental, ou terão iniciado apenas a sua própria expansão, a que mais tarde se seguiu um movimento de expansão europeia mais geral?
Esta é uma questão que tem levantado alguma controvérsia no seu tratamento, e por isso requer um certo cuidado na sua explicação.

No início do século XV os povos Ibéricos de facto deram origem a uma expansão Ocidental embora , devido a ambições próprias, geriram este mesmo processo de uma forma mais egocêntrica acabando por promover mais a sua própria expansão, sendo que mais tarde os descobrimentos marítimos, vão estar na génese de um movimento de expansão europeia mais geral. Como causa imediata do avanço expansionista português no se pode deixar de referir que Portugal detinha um grande número de navios e de pessoal afeito ao mar, assim como técnicas e instrumentos adequados para a navegação de longo curso. Este crescimento da marinha é um processo que já vinha da chamada primeira dinastia ( século XII ao século XIV ), e que veio a tornar-se valioso durante toda a expansão portuguesa e em especial nos descobrimentos. A juntar a estes factores, temos factores de ordem natural, ou seja, a orientação geográfica de Portugal para o Atlântico, e factores de ordem política como a centralização do poder régio. Esta é a conjuntura que favorecia Portugal no início do seu processo de expansão. O resto da Europa, desde o século XII que está em crescente desenvolvimento demográfico e económico, embora o aparecimento da peste negra tenha prejudicado a Europa no início do século XV.

Como ponto inaugural da análise podemos considerar a conquista de Ceuta. Em 1291 foi feito um acordo em Soria, onde se delimitaram áreas de influência, sendo que a repartição do território cessa para oeste de Ceuta, o que correspondia a uma reserva tácita para Portugal dos territórios mais a ocidente. No seio da expansão estava o comércio, e a criação de rotas comerciais, visto o comércio ser a maior fonte de rendimento. Portugal do ponto de vista comercial torna-se economicamente viável porque podia colocar nos mercados europeus os produtos ultramarinos. Neste clima, os interesses entre povos começam a convergir e , tendencialmente os povos começam a gerir a sua política de modo a tirar o melhor partido das trocas comerciais e o estabelecimento de áreas de influência. A partir de 1434, os descobrimentos marítimos, rasgaram os caminhos para que a expansão portuguesa enveredasse por uma direcção possível e também para que boa parte da Europa ocidental retomasse a solução expansionista.

Por todos estes factores enunciados, pode concluir-se que foram os portugueses que abriram as portas para a expansão da Europa, ou seja, os portugueses conseguiram não só criar , com sucesso , o seu próprio processo de expansão como promoveram em larga escala o da restante Europa. Então assim se faz a História.
O feudalismo, sistema econômico, social e político que caracterizou boa parte da vida europeia no período medieval, alcançou grande expressão entre os séculos IX e XIII. Sabemos que, neste tipo de sociedade, o poder era descentralizado, ou seja, não se concentrava nas mão de um único governante. Por outro lado, a economia feudal baseava-se principalmente a terra. Tudo o que era produzido nos feudos, tais como alimentos, roupas etc., destinava-se ao consumo imediato, não sobrando nada para o consumo imediato.
Não existindo a partir do século X as guerras e invasões que assolavam a Europa desde o século V, a população passou a crescer rapidamente. Desta forma, a produção agrícola passou a ser insuficiente, necessitando ser ampliada, pois o consumo aumentou consideravelmente. Como o sistema de então não apresentava condições para atender às crescentes necessidades da população, eis que muitos produtos precisaram ser buscados em outras regiões, por meio do comércio a longa distância. Nesta etapa, surgiram os mercadores, que eram pessoas não absorvidas na atividade agrícola feudal, que se dedicavam ao comércio. Do distante oriente, eles traziam diversos produtos que eram consumidos no mercado europeu.
Com a importância do comércio desenvolvem-se as cidades ou burgos, como eram chamadas na época. A palavra burgo originou a expressão "burgueses", que servia para designar a nova classe social constituída de pessoas desvinculadas das terras feudais e que viviam da atividade comercial.
Esta atividade intensificou-se entre os séculos XII e XV, sendo a sua base a importação europeia de diversos produtos originários do Oriente, como o cravo, a canela, a pimenta, a noz-moscada e o gengibre, denominados, de uma forma generalizada, de especiarias. Além deles, eram importados porcelanas, tecidos finos, perfumes, marfim e outro, oriundos da Ásia e do Norte da África.
As cidades de Gênova e Veneza desempenharam papel de destaque na realização de todo esse comércio d especiarias e produtos de luxo. Os mercadores dessas cidades, navegando pelo mar Mediterrâneo e recebendo os produtos vindos do Oriente nos portos de Constantinopla, Trípoli, Alexandria e Túnis se encarregavam de revendê-los com grande lucros no mercado europeu. Note-se porém que, antes de chegar aos portos do Mediterrâneo, tais produtos atravessavam longos trechos por terra e mar, denominados de rotas de comércio, envolvendo inúmero intermediários, geralmente árabes, que cobravam altos preços para revendê-los.
Foi diante deste quadro que Portugal lançou-se à expansão marítima.

Conclusão
Depois de algumas investigações feita sobre a Expansão Européia concluímos que

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