INTRODUÇÃO
A Histologia é o estudo da estrutura do material
biológico e das maneiras como os seus componentes se inter-relacionam, tanto
estrutural quanto funcionalmente. O estudo da histologia se iniciou com o
desenvolvimento de microscópios simples e de técnicas para preparo de material
biológico, tornando-o adequado para exame.
DESENVOLVIMENTO
Técnicas Citológicas
A correcta observação do material biológico, em
microscopia óptica, implica uma série de procedimentos técnicos prévios, que a
seguir se descrevem sumariamente. Estes procedimentos, designam-se
genericamente por técnicas histológicas.
A técnica cistológica visa à preparação dos tecidos
destinados ao estudado à microscopia de luz. O exame ao microscópio é feito
geralmente por luz transmitida, o que significa que a luz deve atravessar o
objeto a ser examinado. Assim, é necessária a obtenção de fragmentos dos
tecidos que serão coletados em lâminas muito finas e transparentes.
Muitas são as técnicas utilizadas em histologia. Algumas
técnicas freqüentemente são utilizadas em rotinas de laboratórios que
proporcionam a visualização das microestruturas dos tecidos.
·
Confecção de Lâminas Histológicas
Para a análise sob microscopia óptica é necessária a confecção de lâminas
delgadas dos tecidos que formam os órgãos. Estas lâminas podem ser permanentes
ou provisórias.
·
Coleta do Material
Partes de órgãos são retiradas com o auxílio de um bisturi, pinça ou lâmina
de barbear. Não é indicada a extração de porções grandes, uma vez que o
objetivo final é a obtenção de uma camada fina que possa ser analisada em um
microscópio óptico.
·
Fixação do material
Esta etapa consiste na utilização de procedimentos físicos ou químicos para
imobilizar as substâncias constituintes das células e dos tecidos, fornecendo
maior resistência para suportar as demais etapas. Além disso, os fixadores
retardam os efeitos pos-mortem do tecido, mantendo sua arquitetura normal.
Os agentes fixadores mais utilizados são o formol
tamponado e o líquido de Bouin. Ambos fixam as proteínas evitando sua
degradação.
O formol, por ser mais acessível e de uso simples,
é o fixador mais utilizado nas técnicas histológicas. Contudo, seus resultados
geralmente não são satisfatórios. Por essa razão é recomendada a dissolução de
formol em tampão fosfatado (Junqueira e Junqueira, 1983).
O tempo de fixação dependerá do tamanho do
fragmento do tecido, podendo variar entre 06 e 24h. É recomendado que, sempre
que possível, não ultrapasse a 3 mm de espessura.
·
Inclusão
Este procedimento consiste na impregnação do tecido
com uma substância de consistência firme que permita, posteriormente,
seccioná-lo em camadas delgadas. Pelo fácil manuseio e bons resultados, a
parafina é a mais utilizada neste procedimento. Como ela não é miscível em
água, a primeira etapa da inclusão compreende a desidratação, quando ocorre a
retirada da água dos tecidos e a sua substituição por álcool.
A diafanização é a etapa seguinte, com a
substituição do álcool, agora presente nos tecidos, por xilol. Finalmente, na
impregnação, última etapa, o xilol é substituído por parafina fundida a 60° em
pequenos blocos. Neste momento a catalogação do bloco é importante para a
posterior identificação da peça.
·
Microtomia
Esta etapa consiste, basicamente, em utilizar um
micrótomo para obter cortes sucessivos, delgados e uniformes, a partir dos
blocos de parafina com as peças incluídas. Este aparelho é formado por uma
lâmina (fixa ou descartável) de aço, afiada, e um braço ao qual se prende o
bloco e que se desloca verticalmente.
É difícil obter cortes abaixo de 3 a 4 micrômetros
de espessura dos materiais incluídos em parafina. De um modo geral, são obtidos cortes
entre 5 e 7 micrômetros.
·
Montagem das lâminas histológicas
As fitas obtidas a partir do micrótomo são
transferidas para um banho-maria, com o auxílio de uma pinça, para serem
distendidas (Fig. 1 B). A água deve estar entre 3° e 8º abaixo do ponto de
fusão da parafina utilizada.
Nesta etapa, são retiradas as dobras e evitadas as
bolhas abaixo da fita. Após a distensão, os cortes são separados
individualmente ou em grupos, conforme a conveniência, utilizando se lâminas de
vidro previamente limpas com detergente, estocadas em álcool 80% e previamente
secas. Antes da utilização das lâminas, é necessário revestir suas superfícies
com uma fina camada de albumina para facilitar a adesão da peça.
Os cortes obtidos podem ser transferidos,
inicialmente, para uma estufa onde ficam alguns minutos (não mais que dez
minutos) para posteriormente serem colocados em um suporte inclinado.
Finalmente, os cortes devem ser depositados em uma estufa a 60º para secagem
entre uma e 24 horas.
·
Técnica de Criomicrotomia (= Microtomia por Congelamento)
A técnica descrita acima, sem dúvida, é a mais
utilizada. Contudo, em alguns casos, esta técnica é contra-indicada, como, por
exemplo, no estudo da distribuição dos lipídios, em técnicas histoquímicas
avançadas ou quando são necessários cortes urgentes, como em exames
patológicos. Nestes casos, os tecidos são endurecidos através do congelamento.
Os aparelhos utilizados para os cortes podem ser de dois tipos: micrótomos de
congelamento ou criostatos (Junqueira e Junqueira, 1983).
O criostato é um aparelho mais aperfeiçoado que o
anterior. Permite a obtenção de cortes muito mais finos de tecidos não fixados
(até dois micrômetros), facilitando a visualização das células (Junqueira e
Junqueira, 1983).
Técnicas
de colheita de material para exame citopatológico
1.
Impressão
Técnica: remover o excesso de
secreção, sangue ou fluido com papel absorvente. Tocar a lâmina com o tecido a
ser examinado, várias vezes em locais diferentes da lâmina. Ser rápido em todos
os passos (é fundamental) Secar imediatamente (secador, agitação), corar e
examinar. Fazer mais de uma lâmina.
Indicações: É indicada para lesões ulceradas e tecidos obtidos de cirurgias e necropsias.
Indicações: É indicada para lesões ulceradas e tecidos obtidos de cirurgias e necropsias.
Vantagens: técnica fácil e que necessita
de equipamento mínimo.
Desvantagens: a amostra obtida é pouco celular (relativamente), obtém apenas as células superficiais e pode exibir elevada contaminação bacteriana e celular.
Desvantagens: a amostra obtida é pouco celular (relativamente), obtém apenas as células superficiais e pode exibir elevada contaminação bacteriana e celular.
2.
Suabe (“swab”)
Técnica: umedecer o suabe com soro fisiológico (ou não, se a lesão for muito úmida). Esfregar o suabe sobre a região a ser examinada. Rolar (não esfregar) o suabe sobre a lâmina. Secar imediatamente, corar e examinar.
Indicações: É indicado para superfícies epiteliais, tratos fistulosos e onde as outras técnicas não se aplicam.
3.
Raspagem
Técnica: remover o excesso de
sangue e fluido. Raspar a lesão com a lâmina do bisturi perpendicular à lesão
até obter material suficiente. Espalhar o material na lâmina pela técnica do
esfregaço ou do deslizamento. Secar imediatamente, corar e examinar.
Indicações: É indicada para lesões
externas de pele e mucosas e tecidos excisados (lesões firmes).
Vantagens: obtenção de grande
quantidade de células (maior probabilidade de diagnóstico preciso)
Desvantagens: obtenção somente de
células superficiais, é mais difícil que outras técnicas e existe grande
contaminação bacteriana e celular
4. Biópsia aspirativa por agulha fina
4. Biópsia aspirativa por agulha fina
Indicações: Indicada para qualquer tipo de
lesão, órgão ou tecido que possa ser atingido por uma agulha introduzida desde
a superfície.
Vantagens: não há contaminação superficial, são colhidas células de vários locais da lesão (maior representatividade), permite colheita asséptica (para microbiologia) e é praticamente indolor
Desvantagens: necessita maior contenção (física ou química) do paciente, existe risco de hemorragia local e existe risco de induzir metástases (teoricamente – ainda não foi comprovado).
Vantagens: não há contaminação superficial, são colhidas células de vários locais da lesão (maior representatividade), permite colheita asséptica (para microbiologia) e é praticamente indolor
Desvantagens: necessita maior contenção (física ou química) do paciente, existe risco de hemorragia local e existe risco de induzir metástases (teoricamente – ainda não foi comprovado).
Técnica: utilizar seringa de 10 ml com agulha 30 x 7.
1-Colocar 2 ml de ar na seringa.
2- Introduzir a agulha na lesão, puxar e segurar o êmbolo e movimentar a agulha para frente e para a traz, várias vezes (10-12) no interior da lesão, rapidamente e em várias direcções, enquanto se mantém a pressão negativa na seringa e sem removê-la do tecido.
3-Soltar o êmbolo, remover a agulha do tecido e expelir o conteúdo na lâmina.
4- Espalhar o material, secar imediatamente, corar e examinar.
Muito importante: após fixado
com álcool ou o fixador citológico o material contido na lâmina dura até cinco
dias sem coloração. Dessa maneira o clínico/proprietário terão maior prazo de
tempo para enviar o material ao laboratório.
5. Aspirados de fluidos cavitários
Técnica: a colheita do líquido
não requer técnica especial. Espalhar o material colhido pela técnica do
esfregaço. Secar, corar e examinar.
Indicações: É indicado para coleções de fluidos em cavidades naturais ou neoformadas.
Vantagens: é muito representativa.
Indicações: É indicado para coleções de fluidos em cavidades naturais ou neoformadas.
Vantagens: é muito representativa.
Desvantagens: pode ser muito
pobre em células (neste caso, centrifugar) e pode coagular (usar seringa com
anticoagulante).
Técnicas para espalhar (fazer
a extensão) o material colhido nas lâminas:
Pontos muito importantes a considerar: o maior interessado no resultado do exame é o clínico. Uma lâmina mal feita é irreparável e pode impossibilitar o diagnóstico. A limpeza das lâminas é muito importante (cuidado com lâminas engorduradas!). Sempre manusear as lâminas pelas bordas (evitar marcas de dedos – células epiteliais), muitas vezes os dedos estão sujos de manusear o próprio paciente. A rapidez é ESSENCIAL (os artefatos ocorrem muito rapidamente).
Pontos muito importantes a considerar: o maior interessado no resultado do exame é o clínico. Uma lâmina mal feita é irreparável e pode impossibilitar o diagnóstico. A limpeza das lâminas é muito importante (cuidado com lâminas engorduradas!). Sempre manusear as lâminas pelas bordas (evitar marcas de dedos – células epiteliais), muitas vezes os dedos estão sujos de manusear o próprio paciente. A rapidez é ESSENCIAL (os artefatos ocorrem muito rapidamente).
1- Técnica do esfregaço:
exatamente igual ao esfregaço sangüíneo. Coloca-se uma segunda lâmina em ângulo
de 45° sobre o material expelido na primeira lâmina e desliza a lâmina
inclinada sobre a outra rapidamente. O material a ser examinado concentra-se
nas bordas do esfregaço
2- Técnica do deslizamento das
lâminas: colocar uma segunda lâmina longitudinal ou transversalmente sobre a
primeira. Caso existam grumos, bastam pequenos toques com o dedo sobre a lâmina
para comprimi-los. Afastar uma lâmina da outra em direções contrárias (resultam
duas amostras). Não comprimir ao espalhar o material (só o peso da lâmina é o
suficiente). O material a ser examinado espalha-se uniformemente pela lâmina.
3- Técnica do esmagamento: usada apenas para material que
contenha grumos (secreções de tratos fistulosos com infecção por certos fungos
ou certas bactérias). Colocar uma segunda lâmina sobre a primeira contendo o material.
Usar pressão suficiente para desfazer os grumos. Espalhar o material pela
técnica do deslizamento.
4- Outras formas (alça, agulha e
suabe): Utilizando alça de microbiologia
(ou qualquer outro instrumento similar): o material é espalhado com movimentos
circulares. A distribuição do material é proporcional em toda a lâmina.
Utilizando a própria agulha de biopsia: utilizar a extremidade ou a lateral da agulha e arrastar o material do centro para a periferia. Utilizando o Suabe: rolar o suabe sobre a lâmina
Utilizando a própria agulha de biopsia: utilizar a extremidade ou a lateral da agulha e arrastar o material do centro para a periferia. Utilizando o Suabe: rolar o suabe sobre a lâmina
CONCLUSÃO
Depois de algumas
investigações feitas sobre as Técnicas Citológicas concluímos que na microscopia ótica podem-se utilizar dois tipos de preparações:
astemporárias ou extemporâneas, usadas para a observação imediata domaterial, e as definitivas, preparações que podem ser guardadas e observadas várias vezes.
A fixação, inclusão, corte, coloração e montagem são algumas das técnicas utilizadas na preparação do material para observação em microscopia ótica.
Na microscopia eletrónica, são utilizadas técnicas de inclusão, corte, fixação e contraste para a preparação do material a observar.
BIBLIOGRAFIA
Este trabalho é fruto ou
base de extração da Internet.
Pagina Web
Google + Wikipédia Enciclopédia livre.
Diciopédia 2004, Porto Editora
http://facultyweb.cortland.edu/~ANDERSMD/ERIK/crit.HTML
(Erikson, Apud., Manuela Monteiro; Milice Ribeiro dos Santos, 2001: p.35
Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campbell, 2000: p.44)
(Diciopédia 2004, 2003)
( http://facultyweb.cortland.edu/~ANDERSMD/ERIK/crit.HTML)
Ficha Técnica
Elaborado por: The Question & Johny
Áudio: C. of .B Music E-mail: mmrealizacoes@hotmail.com
+244 - 915078844
Luanda, Angola
2012.
Pagina Web
Google + Wikipédia Enciclopédia livre.
Diciopédia 2004, Porto Editora
http://facultyweb.cortland.edu/~ANDERSMD/ERIK/crit.HTML
(Erikson, Apud., Manuela Monteiro; Milice Ribeiro dos Santos, 2001: p.35
Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campbell, 2000: p.44)
(Diciopédia 2004, 2003)
( http://facultyweb.cortland.edu/~ANDERSMD/ERIK/crit.HTML)
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2012.
AGRADECIMENTO
Agradecemos primeiramente a Deus pai todo poderoso, pela vida de graça que tem nos dado e pela coragem e força.
Também aos nossos pais que têm nos ajudado nos meios financeiros e por nos trouxerem ao mundo e que nunca se cansaram de nos apoiar.
Ao Professor que nos mandou este tema bastante significativo para aprofundar os nossos conhecimentos no âmbito desta disciplina.
Aos integrantes do grupo que numa colaboração perfeita demos o nosso Máximo empenho para execução deste trabalho.
Obrigado
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