INTRODUÇÃO
Dom Alexandre Cardeal do Nascimento nasceu em Malange
aos 1 de Março
de 1925 é
um cardeal
católico
angolano.
DESENVOLVIMENTO
Vida e Obra de Dom Alexandre Cardeal do Nascimento
Dom Alexandre do Nascimento Foi ordenado padre em 1952. Logo depois,
tornou-se professor de Teologia Dogmática no Seminário Maior de
Luanda. Quando começou a guerra civil angolana, em 1961, exilou-se em Lisboa, de onde
voltaria dez anos depois.
Foi
ordenado bispo
em 31 de Agosto
de 1975,
na Diocese de Malanje. Em 1977, foi nomeado
Arcebispo de Lubango, sendo elevado a cardeal
em 2 de Fevereiro
de 1983
pelo Papa João Paulo II. Durante esse período,
serviu como administrador apostólico da Diocese de Ondjiva, de 1977 a 1986.
Foi arcebispo de Luanda de 16 de Fevereiro
de 1986 a 23 de janeiro
de 2001,
quando resignou-se. Atualmente é arcebispo-emérito
da mesma arquidiocese. No último conclave,
para a escolha do Papa Bento XVI, participou como cardeal
não-votante, já que tinha mais de 80 anos na época.
Foi,
também, presidente da Conferência Episcopal de Angola e São
Tomé, entre 1990 e 1997. Em 1982, foi feito refém por
guerrilheiros, sendo libertado 2 dias depois.
De 1965 a 1970, o homem que
primou sempre pelo patriotismo, tolerância, solidariedade, paz e reconciliação
nacional, muito cedo começou a trilhar os caminhos da intelectualidade e da
religião. D. Alexandre do Nascimento licenciou-se em Direito Civil pela
Universidade Clássica de Lisboa (1965 – 1970) e, de 1953 a 1961, foi professor
de Teologia Dogmática, no Seminário Maior de Luanda. Criador da Universidade
Católica de Angola e magno chanceler da mesma, o cardeal Alexandre do
Nascimento foi o autor do projecto sobre a Lei da Nacionalidade, apresentada em
Nakuru, Quénia, por uma delegação chefiada, na altura, pelo primeiro presidente
de Angola, António Agostinho Neto.
Por nomeação de D. Moisés
Alves Pinho, o religioso exerceu a função de pregador da Sé Catedral, de 1956 a 1961, ano em que a
autoridade politica portuguesa o forçou a fixar residência em Lisboa. Depois do
seu regresso ao país, em 1971, foi nomeado juiz-presidente do Tribunal
Eclesiástico de Luanda, sendo, um ano depois, inscrito na Ordem dos Advogados.
Durante as suas funções como bispo da diocese de Malanje, de 1975 a 1977, Alexandre do
Nascimento procurou encorajar os cristãos sob a pressão revolucionária.
Foi arcebispo do Lubango
em 1986, sendo depois nomeado para exercer a mesma função em Luanda, onde,
entre outros factos, restaurou o Seminário Maior, as igrejas de São Joaquim ,
Nossa Senhora dos Remédios, da Nazaré e Nossa Senhora da Muxima. Transferiu
ainda a Sé Catedral para a Igreja de Jesus, promoveu especialmente a Pastoral
Familiar e fundou vários centros de assistência materno-infantil e apoiou a
iniciativa de assistência alimentar aos necessitados dos hospitais.
D. Alexandre do
Nascimento desempenhou, até 1997, vários cargos, com destaque para os de
presidente da Comissão Jurídica da Caritas Internacional e da Conferência
Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST). Convidado formalmente, o cardeal
angolano testemunhou os acontecimentos históricos de Bicesse (Portugal) e de
Lusaka (Zâmbia).
Em Julho de 1999, a convite da família
Kennedy, esteve nos Estados Unidos da América, onde contactou altos
responsáveis da Igreja Católica e de universidades, assim como foi recebido
pelo então secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
No campo literário, o
cardeal Alexandre do Nascimento é autor de muitas obras, nomeadamente Do homem
sem fé – suas possibilidades e Limites – Segundo Francisco Suarez, Sobre o belo
e a Moral, Como Li o Livro de Rute, A Experiência Constitucional da Itália
Moderna (1968), Escritos Pastoral I e II, Do Conceito Da Civilização e suas
Incidências, Caminhos da Esperança e Livro de Ritmos fazem igualmente parte das
obras lançadas pelo cardeal dom Alexandre do Nascimento.
Em 2006 lançou a obra
literária Minhas origens e aprendizagens, que retrata a sua infância e
juventude, bem como os seus estudos no seminário. O líder religioso possui
condecorações do Governo da República de Santo Domingos, do Senegal, “Cavaleiro
de Grande Cruz da Ordem dos Santos Maurício e Lazaro”.
No dia 17 de Janeiro de
2000 foi-lhe atribuído, em Portugal, o título de Doutor “Honoris Causa” pela
Universidade Clássica de Lisboa, por proposta da Faculdade de Direito, onde foi
aluno de 1965 a
1970.
Obras e Poesias
Obras publicadas, entre as quais
ü Do Homem sem Fé –
ü Suas possibilidades e
limites –
ü Segundo Francisco Suarez”
(ensaio);
ü Sobre o Belo e a Moral –
ü Carta aos novos”; “Como
li o Livro de Rute
ü Comentário exegético”
(1981);
ü A experiência
constitucional da Itália moderna” (1968);
ü Caminhos de Esperança”
(1992);
ü Livro de Ritmos”
(poesia)
ü Discursos e Imagens”
(2002).
Na Polónia florida e na
terra dos Bascos
Na terra dos Teutões e na Tíndari dos Sículos,
Na Suíça polida e na Itália gentil,
Em muita outra parte, é pura verdade
Que é como preta que a Virgem veneram.
Bem sei que Murillo o impossível pintou,
E que Velasquez, o divino, de Rafael é rival.
Quem não viu em Madrid, quem não viu em Florença,
Milagres de pintura, assombros de cor?
Mas vê como passa essa turba fastienta
Diante de um retábulo de tanto requinte!
Parece sonâmbula, pensa noutra coisa,
Tem o sorriso frio de gente sabedora:
É gente erudita que leu Kant, conhece Espinosa...
Do que não suspeita, por certo, é que tem
a alma defunta...
Outra coisa é este meu povo, este povo sofredor
Gente do "mato" e do chimbeco em Luanda,
- A Velha Mutudi, a tia Ximinha;
Gente que ri, porque sabe o que é chorar;
Gente que cumprimenta, porque sabe o que é desprezo,
Gente que reza e finge zanga à Senhora.
Mas é certo e seguro, nem posso duvidar
Que tem amor, muito amor consigo esta gente.
Há nela essa fé que o Senhor diz fazedora de milagres.
Entre a Virgem do céu e este povo que sofre
Há funda amizade, há infinda ternura
Por isso eu não me rio, nem estranho sequer
Quando vejo gritar, simular grande zanga
Se tarda o milagre, ó Virgem Senhora!
Elas sabem como tomar-Te, entendem-Te tão bem!
Como roçam as mãos e os rostos também
No Teu manto bendito, bendita Mãe!
Pois é este povo que não estranha
Que sejas branca e também sua Mãe!
Mas sou eu quem Te faz a pergunta:
Porquê és assim?
Preta bem preta, nas terras dos brancos,
Branca bem branca na terra dos pretos!
- Não vês, meu filho, que vos quero lembrar
Que sois todos meus, meus pequeninos?
Assim vos não esqueçais que brancos ou pretos
Tendes a vossa Mãe que também é Morena:
Branca muito branca, na terra dos Pretos,
Preta bem preta, na terra dos Brancos:
O que conta para mim não é a cor,
Basta-me o coração: "Muxima!".
Na terra dos Teutões e na Tíndari dos Sículos,
Na Suíça polida e na Itália gentil,
Em muita outra parte, é pura verdade
Que é como preta que a Virgem veneram.
Bem sei que Murillo o impossível pintou,
E que Velasquez, o divino, de Rafael é rival.
Quem não viu em Madrid, quem não viu em Florença,
Milagres de pintura, assombros de cor?
Mas vê como passa essa turba fastienta
Diante de um retábulo de tanto requinte!
Parece sonâmbula, pensa noutra coisa,
Tem o sorriso frio de gente sabedora:
É gente erudita que leu Kant, conhece Espinosa...
Do que não suspeita, por certo, é que tem
a alma defunta...
Outra coisa é este meu povo, este povo sofredor
Gente do "mato" e do chimbeco em Luanda,
- A Velha Mutudi, a tia Ximinha;
Gente que ri, porque sabe o que é chorar;
Gente que cumprimenta, porque sabe o que é desprezo,
Gente que reza e finge zanga à Senhora.
Mas é certo e seguro, nem posso duvidar
Que tem amor, muito amor consigo esta gente.
Há nela essa fé que o Senhor diz fazedora de milagres.
Entre a Virgem do céu e este povo que sofre
Há funda amizade, há infinda ternura
Por isso eu não me rio, nem estranho sequer
Quando vejo gritar, simular grande zanga
Se tarda o milagre, ó Virgem Senhora!
Elas sabem como tomar-Te, entendem-Te tão bem!
Como roçam as mãos e os rostos também
No Teu manto bendito, bendita Mãe!
Pois é este povo que não estranha
Que sejas branca e também sua Mãe!
Mas sou eu quem Te faz a pergunta:
Porquê és assim?
Preta bem preta, nas terras dos brancos,
Branca bem branca na terra dos pretos!
- Não vês, meu filho, que vos quero lembrar
Que sois todos meus, meus pequeninos?
Assim vos não esqueçais que brancos ou pretos
Tendes a vossa Mãe que também é Morena:
Branca muito branca, na terra dos Pretos,
Preta bem preta, na terra dos Brancos:
O que conta para mim não é a cor,
Basta-me o coração: "Muxima!".
Na Polónia florida e na
terra dos Bascos
Na terra dos Teutões e na Tíndari dos Sículos,
Na Suíça polida e na Itália gentil,
Em muita outra parte, é pura verdade
Que é como preta que a Virgem veneram.
Bem sei que Murillo o impossível pintou,
E que Velasquez, o divino, de Rafael é rival.
Quem não viu em Madrid, quem não viu em Florença,
Milagres de pintura, assombros de cor?
Mas vê como passa essa turba fastienta
Diante de um retábulo de tanto requinte!
Parece sonâmbula, pensa noutra coisa,
Tem o sorriso frio de gente sabedora:
É gente erudita que leu Kant, conhece Espinosa...
Do que não suspeita, por certo, é que tem
a alma defunta...
Outra coisa é este meu povo, este povo sofredor
Gente do "mato" e do chimbeco em Luanda,
- A Velha Mutudi, a tia Ximinha;
Gente que ri, porque sabe o que é chorar;
Gente que cumprimenta, porque sabe o que é desprezo,
Gente que reza e finge zanga à Senhora.
Mas é certo e seguro, nem posso duvidar
Que tem amor, muito amor consigo esta gente.
Há nela essa fé que o Senhor diz fazedora de milagres.
Entre a Virgem do céu e este povo que sofre
Há funda amizade, há infinda ternura
Por isso eu não me rio, nem estranho sequer
Quando vejo gritar, simular grande zanga
Se tarda o milagre, ó Virgem Senhora!
Elas sabem como tomar-Te, entendem-Te tão bem!
Como roçam as mãos e os rostos também
No Teu manto bendito, bendita Mãe!
Pois é este povo que não estranha
Que sejas branca e também sua Mãe!
Mas sou eu quem Te faz a pergunta:
Porquê és assim?
Preta bem preta, nas terras dos brancos,
Branca bem branca na terra dos pretos!
- Não vês, meu filho, que vos quero lembrar
Que sois todos meus, meus pequeninos?
Assim vos não esqueçais que brancos ou pretos
Tendes a vossa Mãe que também é Morena:
Branca muito branca, na terra dos Pretos,
Preta bem preta, na terra dos Brancos:
O que conta para mim não é a cor,
Basta-me o coração: "Muxima!".
Na terra dos Teutões e na Tíndari dos Sículos,
Na Suíça polida e na Itália gentil,
Em muita outra parte, é pura verdade
Que é como preta que a Virgem veneram.
Bem sei que Murillo o impossível pintou,
E que Velasquez, o divino, de Rafael é rival.
Quem não viu em Madrid, quem não viu em Florença,
Milagres de pintura, assombros de cor?
Mas vê como passa essa turba fastienta
Diante de um retábulo de tanto requinte!
Parece sonâmbula, pensa noutra coisa,
Tem o sorriso frio de gente sabedora:
É gente erudita que leu Kant, conhece Espinosa...
Do que não suspeita, por certo, é que tem
a alma defunta...
Outra coisa é este meu povo, este povo sofredor
Gente do "mato" e do chimbeco em Luanda,
- A Velha Mutudi, a tia Ximinha;
Gente que ri, porque sabe o que é chorar;
Gente que cumprimenta, porque sabe o que é desprezo,
Gente que reza e finge zanga à Senhora.
Mas é certo e seguro, nem posso duvidar
Que tem amor, muito amor consigo esta gente.
Há nela essa fé que o Senhor diz fazedora de milagres.
Entre a Virgem do céu e este povo que sofre
Há funda amizade, há infinda ternura
Por isso eu não me rio, nem estranho sequer
Quando vejo gritar, simular grande zanga
Se tarda o milagre, ó Virgem Senhora!
Elas sabem como tomar-Te, entendem-Te tão bem!
Como roçam as mãos e os rostos também
No Teu manto bendito, bendita Mãe!
Pois é este povo que não estranha
Que sejas branca e também sua Mãe!
Mas sou eu quem Te faz a pergunta:
Porquê és assim?
Preta bem preta, nas terras dos brancos,
Branca bem branca na terra dos pretos!
- Não vês, meu filho, que vos quero lembrar
Que sois todos meus, meus pequeninos?
Assim vos não esqueçais que brancos ou pretos
Tendes a vossa Mãe que também é Morena:
Branca muito branca, na terra dos Pretos,
Preta bem preta, na terra dos Brancos:
O que conta para mim não é a cor,
Basta-me o coração: "Muxima!".
CONCLUSÃO
Conclui que Dom Alexandre Cardeal do Nascimento nasceu em Malange
aos 1 de Março
de 1925.
E o Cardeal D. Alexandre
do Nascimento comemora esta terça-feira, o seu octogésimo sexto aniversário,
dos quais 61 dedicados à actividade religiosa. Homem incansável na valorização
do povo angolano.
BIBLIOGRAFIA
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