INTRODUÇÃO
Com base o tema Europa e o Estados Unidos na 1ª
Metade do Séc. XX a primeira metade do século XIX
na História dos EUA foi marcada pela conquista de territórios em direção ao
Oceano Pacífico, conhecida como "a marcha para o Oeste". A população
passou de 3.900.000 em 1790 para 7.200.000 em 1810, compondo uma sociedade
essencialmente agrária, formada por granjas no Nordeste e grandes latifúndios
exportadores no Sudeste.
A Europa e o Estados Unidos na 1ª Metade do Séc. XX
Vários fatores são colocados para explicar essa expansão. A
imigração nesse período foi muito intensa, vinda principalmente da Alemanha,
Irlanda e Inglaterra, sendo que os motivos para esse deslocamento está ligado a
dificuldades financeiras pelas quais a população européias passava, os
camponeses eram expulsos da terra devido à concentração fundiária e os artesãos
não conseguiam empregos devido à mecanização industrial nas cidades. No início
do século XIX a população norte-americana passava a contar com cerca de sete
milhões de habitantes. Esse crescimento demográfico e a pequena área do país
contribuíram para que se pretendesse ocupar terras a Oeste, em razão da
necessidade de aumentar a produção agrícola e a área destinada aos rebanhos.
A partir da segunda metade do século XIX a pecuária chegou a
ocupar um quarto do território americano, em terras que se estendiam do Texas
ao Canadá. A descoberta de ouro na Califórnia, em 1848, estimulou uma corrida
em busca de "riqueza fácil", incentivando o deslocamento populacional.
Além disso, a construção de ferrovias, iniciada em 1829, barateava o
transporte. Em fins do século XIX a quantidade de quilômetros de linhas férreas
nos Estados Unidos era maior que a soma de todos os países europeus. Em 1890, a
ferrovia ligava a Costa do Atlântico ao Pacífico. a expansão para o Oeste foi
justificada pela doutrina do "Destino Manifesto", que pregava serem
os norte-americanos destinados por Deus a conquistar e ocupar os territórios
situados entre o Atlântico e o Pacífico.
Em 1820, a expansão norte-americana ganha um conteúdo
politizado com a Doutrina Monroe, que inicialmente colocou-se como defensora
das recém-independentes nações latino-americanas ao pronunciar "a América
para os americanos", mas conforme os interesses territoriais dos Estados
Unidos foram ampliando-se em direção ao Oeste e ao Sul, a Doutrina seria mais
bem definida pela frase "a América para os norte-americanos".
Leis sobre terras
Anterior à independência, os colonos americanos já cobiçavam
terras a Oeste. Um dos motivos que levou ao início da luta contra os ingleses
foi a Lei de Quebec - parte das Leis Intoleráveis, 1774 -, que proibia a
ocupação de terras entre os Apaches e o Mississipi pelos colonos.
Após a independência foi elaborada, pela Convenção da
Filadélfia, a Lei Noroeste (1787), que estabeleceu as bases para a ocupação das
terras a Oeste e a integração dos novos territórios surgidos à União - ao
definir que, quando a população atingisse 5.000 habitantes do sexo masculino em
idade de votar, poderia organizar um Legislativo bicameral e passaria a ter o
direito de um representante no Congresso, sem direito a voto; caso constituísse
uma população livre de 60.000 habitantes, o território seria incorporado à
União como Estado.
As grandes Companhias Loteadoras incorporaram essas terras e
passaram a comercializá-las junto aos pioneiros por um preço bem reduzido
(aproximadamente 2 dólares por hectare). Os pioneiros eram granjeiros,
caçadores ou grandes latifundiários sulistas que estavam interessados em
expandir a cultura algodoeira ou seu rebanho. A postura do governo
norte-americano foi de incentivo à ocupação e, em 1862, o governo Lincoln
concedia terras gratuitamente através do Homestead Act - 160 acres a todos
aqueles que a cultivassem durante cinco anos.
Mecanismos de Conquista
a) Compra de Territórios
Pelo Tratado de
Versalhes, 1783, firmado com a Inglaterra, o território dos Estados Unidos
abrangia da Costa do Atlântico até o Mississipi.
No século XIX, essa
realidade se altera consideravelmente.
Em direção ao Oeste
aparece o território da Louisiana, colônia francesa, que Napoleão Bonaparte -
devido às guerras na Europa e Antilhas, Haiti - negociou com os
norte-americanos por 15 milhões de dólares (1803).
A Flórida foi comprada
dos espanhóis, em 1819, por cinco milhões de dólares. A Rússia vendeu o Alasca
aos Estados Unidos por sete milhões de dólares.
b) Diplomacia
A anexação de Óregon - Noroeste -, colônia inglesa, região que despertou pouco interesse até 1841, foi cedida aos americanos em 1846.
A anexação de Óregon - Noroeste -, colônia inglesa, região que despertou pouco interesse até 1841, foi cedida aos americanos em 1846.
c) Guerra
O Sudoeste americano pertencia ao México. A conquista desse território ocorreu através da guerra.
O Sudoeste americano pertencia ao México. A conquista desse território ocorreu através da guerra.
Em 1821, os colonos
americanos passaram a colonizar esse território com autorização do governo
mexicano, que exigiu-lhes a lealdade e a adoção da religião católica por parte
dos pioneiros.
A dificuldade encontrada pelo México na consolidação do
Estado Nacional refletiu-se em conflitos internos e no estabelecimento de
ditaduras, como a de Lópes de Sant'Anna. Esses fatos impediram um efetivo
controle sobre essa região, outrora concedida. Dessa maneira, o Texas estava
fadado a compor os Estados Unidos, o que ocorreu em 1845, quando os colonos
norte-americanos ali estabelecidos declararam a independência do território em
relação ao México e a sua incorporação aos Estados Unidos.
A guerra estendeu-se até 1848, quando foi assinado o Tratado
de Guadalupe-Hidalgo, que estabelecia o Rio Grande como linha fronteiriça entre
o México e o Texas, além da cessão da Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada,
Utah e parte do Colorado aos Estados Unidos, por 15 milhões de dólares.
Em 1853, foi completada a anexação de territórios do México com a incorporação de Gadsden. Metade do território mexicano havia sido perdida para os Estados Unidos. Lázaro Cárdenas, presidente mexicano (1934-1940), em relação ao imperialismo norte-americano comentou: "Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos".
d) A guerra de extermínio contra os indígenas
As maiores vítimas da marcha para o Oeste foram os indígenas.
Estes encontravam-se em estágios de pouco desenvolvimento se comparados aos
astecas, maias e incas, daí sua dificuldade para resistir ao domínio e força
dos brancos europeus.
Os norte-americanos acreditavam que, além de serem os predestinados por Deus a ocuparem todo o território, deveriam cumprir a missão de civilizar outros povos. Nesse sentido, contribuíram decisivamente para o extermínio da cultura e da pessoa física do indígena.
Os norte-americanos acreditavam que, além de serem os predestinados por Deus a ocuparem todo o território, deveriam cumprir a missão de civilizar outros povos. Nesse sentido, contribuíram decisivamente para o extermínio da cultura e da pessoa física do indígena.
As tribos do Sul, mais desenvolvidas, proporcionam uma
resistência maior à ocupação do branco. No entanto, a única opção das tribos
indígenas foi a ocupação de terras inférteis em direção ao Pacífico, até o seu
extermínio.
De acordo com o "herói" americano, o general Armstrong Custer, considerado como o "grande matador de índios", "o único índio bom é um índio morto".
De acordo com o "herói" americano, o general Armstrong Custer, considerado como o "grande matador de índios", "o único índio bom é um índio morto".
A política no processo de Expansão
Em 1789, foi eleito o primeiro presidente dos Estados Unidos,
George Washington, que governou o país durante dois quatriênios. Nesse período,
dois grupos políticos disputavam o poder: o Partido Federalista e o Partido
Republicano Democrático, liderados respectivamente por Alexander Hamilton e
Thomas Jefferson, secretários do Tesouro e do Estado, ligados ao governo de
George Washington.
O Partido Federalista defendia um governo com poder centralizado, representando os interesses dos grandes comerciantes, manufatureiros e financistas.
O Partido Republicano Democrático defendia um governo descentralizado, ou seja, uma maior autonomia para os Estados, como também, uma maior participação popular nas eleições - eram simpáticos aos ideais da Revolução Francesa e representavam os interesses dos pequenos proprietários.
O Partido Federalista defendia um governo com poder centralizado, representando os interesses dos grandes comerciantes, manufatureiros e financistas.
O Partido Republicano Democrático defendia um governo descentralizado, ou seja, uma maior autonomia para os Estados, como também, uma maior participação popular nas eleições - eram simpáticos aos ideais da Revolução Francesa e representavam os interesses dos pequenos proprietários.
O governo de Andrew Jackson (1829-1837, na foto ao lado) foi
marcado pela mudança de orientação política. Ligado ao recém-criado Partido
Democrático, defendia os interesses dos grandes fazendeiros do Oeste e
operários do Norte.
Durante sua gestão foram realizados expurgos de elementos que pertenciam a governos anteriores, processo que ficou conhecido como "sistema de despojos" (Spoil System).
Durante sua gestão foram realizados expurgos de elementos que pertenciam a governos anteriores, processo que ficou conhecido como "sistema de despojos" (Spoil System).
Consequências da Expansão
A conquista de um vasto território criou condições para o
grande desenvolvimento da economia norte-americana. Em 1912 conclui-se o
processo de formação da União, com a incorporação do Arizona como Estado. Foi
acentuado o crescimento da agricultura, indústria, comércio, mineração e
pecuária. A população cresceu para cerca de trinta milhões até 1860. Formaram
sociedades diferenciadas dentro do país. a Norte e Leste, surgiu uma poderosa
burguesia industrial e comercial, juntamente com um operariado fabril; ao Sul,
predominavam os grandes aristocratas vinculados ao latifúndio, à monocultura, à
exportação e à escravidão; na região Centro - Oeste, nasceu a sociedade a
partir dos pioneiros, marcada pela base agrícola e pela pecuária.
No entanto, aumentou a rivalidade entre os interesses
díspares de nortistas e sulistas, o que culminou mais tarde em uma guerra
civil.
A Guerra de Secessão
A primeira metade do século XIX marca a primeira fase do
processo de industrialização norte-americana. Ocorreu no Norte, sobretudo na
região da Nova Inglaterra, sobre uma base vinda do Período Colonial. Em meados
do século, o Norte, ou mais precisamente, o Nordeste era o pólo econômico vital
da economia.
Esse desenvolvimento foi favorecido por ocasião das Guerras
Napoleônicas e pela Segunda Guerra de Independência (l 812-14), já que as
importações diminuíram e o mercado lnterno passou a consumir as manufaturas
locais.
Essa incipiente indústria, por volta de 1810, beneficiou-se também de grande disponibilidade de ferro, carvão e energia hidráulica da Região Norte.
O mesmo processo não atingiu a Região Sudeste, que permanecia com uma economia marcadamente colonial, cuja produção ainda se fazia no interior da grande propriedade monocultora, voltada para o mercado externo e baseada na exploração do trabalho escravo.
Essa incipiente indústria, por volta de 1810, beneficiou-se também de grande disponibilidade de ferro, carvão e energia hidráulica da Região Norte.
O mesmo processo não atingiu a Região Sudeste, que permanecia com uma economia marcadamente colonial, cuja produção ainda se fazia no interior da grande propriedade monocultora, voltada para o mercado externo e baseada na exploração do trabalho escravo.
Enquanto no Norte-Nordeste formava-se uma sociedade
tipicamente industrial, dominada por uma forte burguesia, no Sul-Sudeste, a
sociedade permanecia como que inalterada desde o Período Colonial.
Nos Estados Unidos, na realidade, abrigavam-se duas nações
distintas - o Norte-Nordeste e o Sul-Sudeste - e do antagonismo entre os
interesses o país passará por uma guerra civil, a Guerra de Secessão.
Factores da Guerra
a) Desenvolvimento
do Norte
O protecionismo alfandegário foi, certamente, fundamental
para a eclosão da Guerra Civil Americana. Os Estados do Norte, em processo de
industrialização, reivindicavam altas tarifas de importação como mecanismo de
manutenção de seu desenvolvimento, pois não conseguiam competir com os preços
dos produtos ingleses. O Sul, por outro lado, dependia economicamente do Norte,
exportando para lá parte de sua produção algodoeira e importando manufatura.
Para sua sobrevivência defendia a liberdade de comércio, preferindo importar as
manufaturados inglesas, de melhor qualidade e mais baratas do que as produzidas
pelos Estados do Norte.
Além desse fato, os industriais ingleses poderiam deixar de comprar sua produção, caso optassem por dar apoio às propostas protecionistas dos industriais do Norte.
Além desse fato, os industriais ingleses poderiam deixar de comprar sua produção, caso optassem por dar apoio às propostas protecionistas dos industriais do Norte.
b) O Problema do
escravismo
O problema da manutenção do escravismo encontrou seu campo de
discussão, no nível político no Congresso, que, ao sintetizar as disputas
políticas pela salvaguarda de interesses econômicos nortistas e sulistas, se
dividiu entre abolicionistas e escravistas. Com o processo de expansão para o
Oeste e a incorporação de novos Estados à União, as disputas acirraram-se em
torno da questão abolicionista.
Ao Sul interessava que fosse livre a adoção do escravismo - assim o preço do escravo manter-se-ia elevado. O Norte defendia o abolicionismo em razão de pretender o crescimento do mercado consumidor e, ao mesmo tempo, obter mão-de-obra barata. Em 1820 o Missouri solicitou sua integração à União, gerando uma série de conflitos, pois a balança política passou a pender a favor dos sulistas.
Esses atritos levaram a se firmar o Acordo do Mississipi-Missouri, em 1820, que arbitrou a questão estabelecendo a incorporação do Missouri - Estado escravista - e a incorporação do Maine - Estado com mão-de-obra livre. O ponto de referência seria o paralelo 36 30', separando o trabalho livre (Norte) e o trabalho escravo (Sul). A incorporação da Califórnia, em 1849, como Estado livre, não obstante estar abaixo do paralelo 36 40', contribuiu para acirrar a polêmica, pois pelo Compromisso do Mississipi-Missouri, a Califórnia deveria ser escravista.
Ao Sul interessava que fosse livre a adoção do escravismo - assim o preço do escravo manter-se-ia elevado. O Norte defendia o abolicionismo em razão de pretender o crescimento do mercado consumidor e, ao mesmo tempo, obter mão-de-obra barata. Em 1820 o Missouri solicitou sua integração à União, gerando uma série de conflitos, pois a balança política passou a pender a favor dos sulistas.
Esses atritos levaram a se firmar o Acordo do Mississipi-Missouri, em 1820, que arbitrou a questão estabelecendo a incorporação do Missouri - Estado escravista - e a incorporação do Maine - Estado com mão-de-obra livre. O ponto de referência seria o paralelo 36 30', separando o trabalho livre (Norte) e o trabalho escravo (Sul). A incorporação da Califórnia, em 1849, como Estado livre, não obstante estar abaixo do paralelo 36 40', contribuiu para acirrar a polêmica, pois pelo Compromisso do Mississipi-Missouri, a Califórnia deveria ser escravista.
Um novo acordo foi firmado em 1850, o Compromisso Clay,
definindo que caberia a cada Estado decidir sobre a continuidade ou não do
escravismo. Em 1860, o Norte lança a candidatura de Abrahan Lincoln para a
presidência. Lincoln, em relação ao escravismo tinha posições moderadas.
Considerava que manter a União era mais importante do que a questão social dos
negros. Depois de eleito chegou a pronunciar-se sobre a questão nos se guintes
termos: "se pudesse salvar a União sem libertar nenhum escravo, eu o
faria. Se pudesse salvar a União libertando os escravos,eu o faria".
c) A Questão
Política
Desde a independência norte-americana coube aos grandes
proprietários rurais sulistas e à burguesia nortista, através do Partido
Democrata, o controle da vida política nacional. Em 1854, foi criado no Norte,
o Partido Republicano, que continha em seu programa a intenção de lutar a favor
do abolicionismo e manter a União, propostas que atraíram muitos políticos do
Partido Democrata.
As eleições presidenciais de 1860, extremamente tensas,
encontraram o Partido Democrata dividido em torno de dois candidatos, John
Breckinridge e Stephen Douglas. O Partido Republicano uniu-se em torno da
candidatura de Lincoln. O Partido da União Constitucional lançou um quarto
candidato, John Bell. Lincoln vence o pleito e esse fato desencadeia a
secessão.
d) A Eclosão da
Guerra
Logo após a eleição de Lincoln, e não esperando a posse do
presidente, a Carolina do Sul resolveu separar-se da União, arrastando consigo
mais seis Estados. Formaram os Estados Confederados da América, sob a
presidência de Jefferson Davis em 8 de fevereiro de 1861, com capital em
Richmond, Virgínia.
As hostilidades começaram com o ataque da artilharia
confederada, no dia 12 de abril de 1861, ao Forte Sumter, uma guarnição
federal. Inicialmente as vitórias pertenceram aos sulistas. Mas, a correlação
de forças foi tornando-se extremamente desigual à medida que se desenrolavam as
batalhas. O Norte contava com o apoio de 25 Estados, uma população de cerca de
22 milhões de habitantes, uma economia industrial diversificada e uma marinha
de guerra. O Sul obteve o apoio de 11 Estados, uma população de 9 milhões de
habitantes, dos quais 4 milhões eram escravos, uma economia de base agrária o
que o fez dependente de recursos exteriores para o desenvolvimento da guerra.
Durante os confrontos, Lincoln, para fortalecer os Estados
Nortistas, extinguiu a escravidão e promulgou o Homestead Act,l862, -
garantindo o apoio dos granjeiros e pioneiros interessados nas terras a Oeste.
Ex-escravos, colonos e operários se incorporaram ao Exército da União, o que
começou a reverter a guerra em favor do Norte, que passou a impedir a chegada
de produtos europeus ao Sul, através de um bloqueio naval.
Em 6 de abril de 1865, o general Lee, comandante das tropas
sulistas, pede os termos de rendição.
As consequências da Guerra
A vitória do Norte sobre o Sul decidiu definitivamente a
questão da unidade nacional pelo fortalecimento da União. A sociedade urbana e
industrial do Norte prevaleceu sobre a federação arrasando a sociedade agrária
e aristocrática do Sul.
A grande propriedade cedeu lugar às pequenas e médias.
O escravismo foi suprimido, mas não encaminhou para uma solução da "questão negra"; apesar do direito de voto concedido, os negros continuaram marginalizados. Intensificaram-se as atitudes racistas com o surgimento de sociedades como a Ku-Klux-Klan, nascida em 1867.
A grande propriedade cedeu lugar às pequenas e médias.
O escravismo foi suprimido, mas não encaminhou para uma solução da "questão negra"; apesar do direito de voto concedido, os negros continuaram marginalizados. Intensificaram-se as atitudes racistas com o surgimento de sociedades como a Ku-Klux-Klan, nascida em 1867.
Os mortos somaram 600.000. Em 14 de abril de 1865, Lincoln foi assassinado por John Wilkes Booth, um fanático do Sul.
Os Estados Unidos começavam a despontar como potência dentro
da América.
Inglaterra - Pax Britannica / Era Vitoriana – Rainha Vitória governou de
1838 a 1901 / nesse período a Inglaterra tornou-se a nação mais rica e poderosa
do mundo / tinha o maior número de indústria e um vasto império.
França - Os antigos reais absolutistas voltaram
aos tronos e foi criada a Santa Aliança, uma união militar para impedir que
houvesse novas revoluções liberais. Mesmo assim, estouraram diversas revoluções
em 1820, 1830 e , especialmente , em 1848 – A Primavera dos Povos, que
apresentou além do liberalismo, pela primeira vez idéias socialistas e
anarquistas. O ano de 1848 foi o mais revolucionário do século XIX, em várias
regiões do mundo. A palavra liberdade estava em todas as bocas.
- Napoleão III, no 2º. Reich, realizou a reforma da capital / modernização / pobres forram expulsos para periferia / destaque: Victor Hugo
- Guerra Franco-Prussiana / vitória alemã /
o imperador francês Luis Bonaparte (Napoleão III) foi feito prisioneiro /
população se rebelou e proclamou a república na França.
- Comuna de Paris
(1871); povo descontente com o governo provisório ocupou o prédio da prefeitura
/ operários organizaram a primeira tentativa de revolução socialista da
história da humanidade / medidas revolucionárias: extinção da polícia e do
exército, criação dos destacamentos da população armada, separação da Igreja do
Estado, educação pública, algumas fábrica sob controle de conselhos dos
trabalhadores / Paris não se transformou em uma cidade socialista / com receio
de alastramento do movimento revolucionário, os alemães libertaram o imperador
francês / soldados franceses atacaram Paris que estava sob controle dos
comunardos / saldo: 20 mil mortos.
AS UNIFICAÇÕES ITALIANA E ALEMÃ
Imigrantes
italianos e alemães fugiram da miséria e das guerras na segunda metade do
século XIX.
Ideais
presentes no processo de unificação política: LIBERAL e NACIONALISTA / o
liberalismo era um movimento político em favor da liberdade dos indivíduos e o
nacionalismo era um movimento político em favor da liberdade e da autonomia dos
povos, do direito de criarem seus próprios Estados.
Grupo
social com maior interesse: burguesia industrial / união dos mercados =
fortalece a economia / revoltas populares com base no socialismo e anarquismo =
perigosas para burguesia que concordava com o NACIONALISMO, mas tinha receio
que o LIBERALISMO concedesse “direitos demais ao povo”.
A
unificação desses países foi feita de cima para baixo / participação passiva
das classes populares / no final do século XIX
Na Itália,
a liderança da unificação coube ao Reino do Piemonte-Sardenha, a região mais
industrializada da nação, sob uma monarquia constitucional / destaque: ministro
Cavour recuperou territórios que estavam sob controle austríaco / Garibaldi
mobilizou o sul através de um exército de camponeses (Camisas Vermelhas) , com
proposta republicana não conseguiram se sobrepor aos piemonteses / rei Vítor
Emanoel foi coroado rei de toda a Itália / a Igreja Católica não aceitou a
perda de territórios e o papa se declarou prisioneiro dos italianos = Questão
Romana.
Na
Alemanha, dois Estados disputavam a liderança da unificação: a Prússia e a Áustria.
Assim, a capital da Alemanha deveria ser Berlim ou Viena? Ganhou Berlim. A
unificação econômica começou antes da unificação política através do
Zollverein, palavra alemã para união aduaneira (alfândega), ou seja, haveria
livre comércio entre os estados germânicos membros. O ministro da Prússia, Otto
Von Bismarck, isolou a Áustria. Por meio da guerra, ele foi unindo os Estados
alemães à Prússia. A unificação feita “a ferro e fogo” se consolidou da Guerra
Franco-Prussiana (1871) = a França foi derrotada e cedeu a região da
Alsácia-Lorena e teve que pagar pesada dívida de guerra = revanchismo francês.
Estados Unidos no século XIX
No século XIX, os EUA se tornaram uma
grande potência industrial. Os territórios do oeste foram tomados dos índios –
justificativa ideológica: Destino Manifesto – e ocupados por imigrantes
europeus / quando as terras eram indígenas ou mexicanas usava-se a força /
territórios de franceses, espanhóis, ingleses eram negociados / “Pobre do
México, tão perto dos EUA, tão longe de Deus.”
Mas o país continuava dividido em estados no norte, baseados em pequenas e médias fazendas, indústrias, trabalho livre, voltados para o mercado interno e os estados do sul, baseados no latifúndio monocultor, no trabalho escravo, voltados para o mercado externo. Os latifundiários sulistas temiam a abolição da escravatura e não aceitavam o protecionismo alfandegário.
Quando Abraham Lincoln foi eleito
presidente, os estados do sul declararam a secessão (separação). Estourou a
Guerra Civil (1861-1865), que terminou com a vitória dos nortistas. No final do
século XIX, os EUA já tinham se tornado um país altamente industrializado e
imperialista. Organização nos estados sulistas da Ku-klux-klan.
As companhias norte-americanas investiram principalmente no México e nos países da América Central. Quando a situação em um desses países prejudicava os investidores estadunidenses, o governo dos EUA enviava os fuzileiros navais – os mariners. As intervenções militares do imperialismo estadunidense foram chamadas de política do Big Stick (porrete).
A Marcha para o Oeste
A Marcha para o Oeste foi à incorporação de territórios
interioranos pelos colonos pioneiros e
desbravadores, que faziam a fronteira mover-se sempre um passo além. Uma série
de fatores motivaram e favoreceram esta expansão:
• A escassez de terras na faixa atlântica;
• A possibilidade de as famílias de colonos tornarem-se proprietárias, o que também atraiu imigrantes europeus;
• A necessidade do Norte, em faze de industrialização, de conseguir matérias-primas e alimentos;
• A corrida do ouro;
• A conquista de áreas de pastagens para os rebanhos;
• A construção de ferrovias, que permitia a aplicação lucrativa de capitais e integrava os mercados, assegurando o comércio para a produção agrícola.
Na primeira metade do século XIX, os Estados Unidos adquiriram uma série de regiões importantes, através de compras e atacados. Com essas aquisições, o território norte-americano passou a ter 7 700 000 quilômetros quadrados. A ocupação das novas áreas foi disciplinada pelo governo americano através do Edito do Noroeste (1787), que definia a formação de novos Estados em três etapas:
Primeira etapa- a área ficaria sob controle do governo federal, ate que sua população atingisse 5 000 eleitores;
Segunda
etapa- ao atingir 5 000 eleitores, o território adquiria auto-governo;
Terceira etapa- ao atingir 60 000 habitantes, o território era adquirido como Estado da União, com os mesmos direitos dos Estados mais antigos.
Terceira etapa- ao atingir 60 000 habitantes, o território era adquirido como Estado da União, com os mesmos direitos dos Estados mais antigos.
Dessa forma o governo visava impedir que as novas áreas
fossem dominadas pelos Estados já existentes.
Com a Marcha para o Oeste continuaram as divergências entre o
norte e o Sul. O problema maior surgiu com relação ao regime de propriedade e o
tipo de mão-de-obra a ser empregado nos novos territórios. O Norte pretendia
que se instalassem pequenas propriedades com mão-de-obra livre e assalariada,
enquanto o Sul defendia a ampliação dos latifúndios escravistas. Esse
antagonismo era determinado não somente por interesse econômico, mas também por
interesse político.Temia-se que a inclusão de novos representes no legislativo
viesse a romper o equilíbrio, até então existente, entre os Estados abolicionistas
e os Estados escravistas.
Para manter a estabilidade, firmou-se em 1820 o Compromisso
do Missouri. Esse acordo delimitava, pelo paralelo 36°30’, os territórios
escravistas e os territórios livres, regulamentado a criação dos novos membros
da União. Porém a solicitação da Califórnia, em 1850, para fazer parte da União
como Estados não-escravocrata desencadeou uma grave crise, pois desobedecia ao
Compromisso do Missouri. Utah e Novo México também pediam sua anexação à União
como Estados neutros, ao mesmo tempo que crescia a campanha abolicionista nos
Estados Unidos.
Com essas questões o Compromisso perdeu o sentido e em 1854 o
Congresso aprovou a entrada de novos Estados, com o direito de decidirem sobre
a escravidão em seus territórios. A tensão entre escravocratas e abolicionistas
aumentou, culminando no confronto armado entre Norte e Sul conhecido como
Guerra de Secessão.
A Guerra de Secessão
As diferencias de interesses existentes entre as elites do
sul agrário e as do norte industrial foram as causas da guerra civil
norte-americana.
A burguesia industrial nortista, em ascensão, estava ansiosa
por garantir para si os novos mercados que estavam se formando com aumento da
imigração e com as altas taxas de natalidade. Contudo, dois empecilhos
impossibilitavam seus planos expansionistas:
a escravidão e a resistência sulista às tarifas protecionistas. Os nortistas
eram fracamente contrários à escravidão porque ela impossibilitava o
crescimento do mercado interno. Já os sulistas defendiam a manutenção de seus
privilégios aristocráticos. Acreditavam que, sem a escravidão, as suas bases
econômicas desmoronariam.
Após as eleições presidenciais de 1860, que escolheram o candidato apoiado pelo Norte, Abraham Lincoln, os Estados escravistas do Sul resolveram se separar de União;formando uma confederação. Apesar da flagrante inferioridade em número de homens, em recursos e armas, os Estados Confederados atacaram o Norte, em 1861, dando início a guerra civil.
Após as eleições presidenciais de 1860, que escolheram o candidato apoiado pelo Norte, Abraham Lincoln, os Estados escravistas do Sul resolveram se separar de União;formando uma confederação. Apesar da flagrante inferioridade em número de homens, em recursos e armas, os Estados Confederados atacaram o Norte, em 1861, dando início a guerra civil.
Alem de contar com a ajuda do Oeste o Norte utilizou a
Marinha para bloquear o apoio da Europa, principalmente da Inglaterra, aos
Estados sulistas, dos quais esse país importa o algodão para alimentar suas
industrias.
O Sul conseguiu algumas vitórias. No entanto, após a Batalha de Gettysburg em 1863, o Norte tomou a ofensiva, derrotando as tropas sulistas e arrasando completamente os Estados Confederados. A tomada da capital da Confederação, Richmond, na Virginia, em 1865 selou o fim da guerra, com a rendição completa do Sul.Nesse mesmo ano o presidente Abraham Lincoln foi assassinado por um fanático sulista.
A abolição da escravatura foi decretada por Lincoln em
janeiro de 1865. Porém, não foi acompanhada de nenhum programa que
possibilitasse a integração de negro liberto na sociedade americana. Essa
situação de desvantagem social tendeu a se perpetuar, principalmente devido ao
aparecimento de sociedades secretas racistas no Sul, como o ku Klux Klan, que
através de segregacionismo e intimidações freqüentemente violentadas impediam
os ex-escravos a assumirem plenamente sua cidadania.
O desenvolvimento capitalista nos Estados Unidos
Com o fim da guerra da secessão e com a abolição da
escravatura, o governo pôde se dedicar à organização e a exploração econômica
das terras conquistadas no Oeste.Isso principalmente porque grandes áreas na
costa do Pacífico haviam sido rapidamente povoadas, com a descoberta de ouro na
Califórnia, por volta de 1848.
A mineração atraíra milhares de pessoas para o Oeste, incentivadas pela possibilidade de fácilenriquecimento.Mesmo com o esgotamento dos filões, áreas desconhecidas foram desbravadas, abrindo caminho para a posterior ocupação através da agropecuária.
A mineração atraíra milhares de pessoas para o Oeste, incentivadas pela possibilidade de fácilenriquecimento.Mesmo com o esgotamento dos filões, áreas desconhecidas foram desbravadas, abrindo caminho para a posterior ocupação através da agropecuária.
Durante a guerra, para que a zona industrializada se
empenhasse mais na produção bélica - industriais metalúrgica e siderúrgica -, o
Congresso promulgou uma lei (Lei Homestead,1868) oferecendo no Oeste terras
gratuitas aos colonos imigrantes.O objetivo dessa lei era aumentar os
suprimentos agrícolas.
A integração entre as duas áreas – Leste e Oeste – deu-se com o desenvolvimento das ferrovias, que, á medida que foram sendo construídas, possibilitaram a ocupação do território.Isto se deu com grande rapidez.
A integração entre as duas áreas – Leste e Oeste – deu-se com o desenvolvimento das ferrovias, que, á medida que foram sendo construídas, possibilitaram a ocupação do território.Isto se deu com grande rapidez.
A construção de ferrovias precedeu o povoamento e forçou a
tomada de terras indígenas, principalmente pelo extermínio de inúmeras
tribos.As estradas de ferro uniram o Leste com o Pacifico e asseguraram o
escoamento dos produtos no mercado interno,que agora assumia dimensões
continentais.
Ao contrario da época de ocupação colonial, quando os colonos
produziam para sua subsistência, nesta fase os pioneiros foram obrigados a se
especializarem para atender á demanda crescente das áreas mais
desenvolvidas.Muito embora a mão-de-obra fosse escassa, a produtividade
aumentou graças à mecanização da produção agrícola e aos progressos técnicos
alcançados nesse período.Alguns colonos,entretanto,ao hipotecarem suas terras
para a compra de maquinas e insumos (matéria-prima,adubo,energia etc), acabaram
arruinados, perdendo suas propriedades para grandes grupos financeiros.
Foi justamente no período do pós-guerra que se deu á
consolidação dos grandes grupos financeiros. Estes aumentaram seu patrimônio
explorando a agricultura com a cobrança de juros exorbitantes e canalizando
esses ganhos para investimentos nas industrias concentradas no nordeste dos
Estados Unidos. Além de submetida aos banqueiros,a agricultura também estava
sujeita a outros tipos de exploração:
• As industrias cobravam altos preços pelas maquinas agrícolas;
• As industrias cobravam altos preços pelas maquinas agrícolas;
• Os comerciantes, por possuírem armazéns, compravam a
produção a baixos preços ou cobravam pela estocagem dos produtos;
• As companhias ferroviárias cobravam elevados preços pelos
fretes, diminuindo o lucro dos fazendeiros.
A inauguração de um novo processo de fabricação
industrial(linha de montagem e produção em massa) implicou num amplo
desenvolvimento técnico e no avanço da organização empresarial.Altas tarifas
protecionistas contra a concorrência estrangeira beneficiaram esse processo.A
industrialização foi, portanto, a conseqüência mais importante da Guerra da
secessão, colocando a nação americana na liderança do avanço capitalista.Para
tanto muito contribuíram:
• A criação de um novo tipo de companhia – o truste monopolista;
• Novos inventos, como o processo Bessemer do aço;
• Novas fontes de energia(o vapor e a eletricidade),que,
aplicadas à produção reduziam os custos.
Assim, desenvolvendo de maneira integrada todos os setores de produção, os Estados Unidos puderam, em fins do século XIX, concorrer em pé de igualdade com as grandes potências européias na etapa avançada do desenvolvimento capitalista: o imperialismo.
CONCLUSÃO
Depois de algumas investigações feitas com
base o tema conclui que o Estados Unidos após conquistar sua independência, que
serviu de modelo e inspiração para as outras colônias Americanas, os Estados
Unidos viram-se diante de uma árdua tarefa: organizam sua política interna de
maneira a conciliar os interesses das antigas treze colônias. Como já vimos, a
forma de colonização implantada na América do Norte favoreceu a formação de
diferentes regiões. Em cada uma delas, as idéias a respeito do novo governo
eram tão diferentes quanto às atividades econômicas que desenvolviam.
Assim, uma corrente defendia a organização de um forte governo central e a adoção de tarifasprotecionistas que incentivassem o desenvolvimento industrial. A outra corrente, vinculada aos produtores escravistas do sul, defendia uma política livre-cambista, que garantia o escoamento de suas matérias-primas, principalmente o algodão, em troca de produtos industrializados europeus.
Assim, uma corrente defendia a organização de um forte governo central e a adoção de tarifasprotecionistas que incentivassem o desenvolvimento industrial. A outra corrente, vinculada aos produtores escravistas do sul, defendia uma política livre-cambista, que garantia o escoamento de suas matérias-primas, principalmente o algodão, em troca de produtos industrializados europeus.
Diante dessas duas forças, ficou difícil ao governo definir um único rumo para o pais, pois a Constituição americana assumiu um caráter bastante genérico, facultando a cada estado a definição de suas próprias leis, desde que estas não entrassem em conflito com a orientação da União.
Somente com a eleição de Andrew Jackson em
1829 delinearam-se mais claramente as tendências democráticas na sociedade
norte-americana. Para isso contribuiu principalmente a adopção do sufrágio
universal.
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