INTRODUÇÃO
O mundo está cada vez
mais rápido e o homem, por necessidade, acompanha a rapidez das máquinas em sua
vida. Nesse processo, o homem é desvirtuado do processo produtivo particular de
produção de comida, tornando-se
um consumidor ou um produtor capitalista de géneros alimentares.
O primeiro grande avanço tecnológico nas atividades agropecuárias
ocorreu dentro do mesmo processo da Revolução
Industrial, no século 18.
DESENVOLVIMENTO
Agricultura como Base de Desenvolvimento
A quem trabalha na agricultura chama-se agricultor. O termo fazendeiro ou lavrador se aplica ao proprietário de terras rurais onde, normalmente, é praticada a agricultura, a pecuária ou ambos.
A ciência que estuda as características das
plantas e dos solos para melhorar as técnicas agrícolas é a agronomia.
Nessa nova ordem económica,
não há mais espaço, ou justificativa económica de mercado para o pequeno
produtor ou o produtor da própria comida. O movimento orgânico nasce para se
opor a esse sistema vigente[carece de
fontes].
Qualidade de vida - para os adeptos do movimento
orgânico, um mundo cada vez mais automatizado e dependente da tecnologia não exclui a viabilidade de uma
produção sustentável,
que respeite o solo, o ar, as matrizes energéticas e principalmente o ser humano.
Mesmo com a viabilidade
de uma produção ecológica, de fato, as pessoas que se alimentam de sua produção
agrícola são vistas na sociedade como radicais; já que um retrocesso na
produtivade, que alcançou um patamar muito elevado desde os primeiros
fertilizantes (síntese de Haber-Bosch pelo químico alemão Fritz Haber),
é visto aos olhos de muitos como
um retrocesso da própria sociedade. Agir contra alienação do homem dos processos produtivos de
alimento. A produção orgânica age contra os efeitos perversos da
contemporaneidadePredefinição:Quais?,
incluindo entre as idéias de seus defensores, conceitos religiosos, econômicos,
ecológicos, práticos e ideológicos[carece de
fontes]; sendo o exemplo religioso o budismo,
o de renda em famílias pobres e a quebra do cartel do oligopólio
da Bayer e Monsanto,
e da protecção do solo contra erosão e lixiviação,
além da proteção das águas dos rios, da possibilidade de plantar em terrenos
particulares e se aproximar da terra e do ideológico, a crença em um mundo
melhor possibilitado por uma produção que favoreça uma melhor qualidade de vida
e a sustentabilidade do ambiente.
A actividade orgânica
não surge contra o capitalismo, não tem a ingenuidade de um luddista ou de Rousseau; antes de defender oprimitivismo,
surge como forma de corrigir as imperfeições que a evolução do meio
técnico-científico-informacionalPredefinição:Qual?introduziu
A agricultura moderna a
Revolução Industrial e tem como principal objectivo o maior número de produção
possível abastecendo os vários circuitos comerciais, para isso houve uma enorme
evolução e modernização desta, começando pelos fertilizantes, maquinações e até
mesmo o modo de trabalho mais moderno. Recai principalmente nos países
industrializados da Europa como: América do Norte, Japão, Austrália e Nova
Zelândia, recaindo também na Argentina e África do Sul.
Importância da agricultura
A agricultura permite a
existência de aglomerados humanos com muito maior densidade populacional que os
que podem ser suportados pela caça e coleta. Houve uma transição gradual
na qual a economia de caça e coleta coexistiu com a
economia agrícola: algumas culturas eram deliberadamente plantadas e outros alimentos
eram obtidos da natureza.
A importância da prática
da agricultura na história do homem é tanto elogiada como criticada:
enquanto alguns consideram que foi o passo decisivo para o desenvolvimento
humano, críticos afirmam que foi o maior erro na história da raça humana.
Por um lado, o grupo que
se fixou na terra tinha mais tempo dedicado a atividades com objetivos
diferentes de produzir alimentos, que resultaram em novas tecnologias e a acumulação de bens de capital,
daí o aculturamento e o aparente melhoramento do padrão de vida. Por outro, os
grupos que continuaram utilizando-se de alimentos nativos de sua região,
mantiveram um equilíbrio ecológico com o ambiente,
ao contrário da nova sociedade agrícola que se formou, desmatando a vegetação
nativa para implantar a monocultura,
na procura de maior quantidade com menor variedade, posteriormente passando a
utilizar pesticidas e outros elementos químicos, causando
um grande impacto no solo, na água,
na fauna e na flora da região.
Além de alimentos para
uso dos seres humanos e de seus animais de estimação, a agricultura produz
mercadorias tão diferentes comoflores e plantas ornamentais, fertilizantes
orgânicos, produtos químicos industriais (látex e etanol), fibras (algodão, linho e cânhamo),
combustíveis (madeira para
lenha, etanol, metanol, biodiesel).
A eletricidade pode ser gerada de gás metano a partir de resíduos vegetais processados em biodigestor ou da queima de madeiraespecialmente
produzida para produção de biomassa (através do cultivo de árvores que crescem rapidamente, como por
exemplo, algumas espécies de eucaliptos).
A EVOLUÇÃO
DO PROCESSO DE PRODUÇÃO
Do ponto de vista técnico e científico, a
evolução da agricultura é dividido em três etapas principais: antiga, moderna e contemporânea.
A agricultura moderna apresenta as seguintes características:
Agricultura de mercado –
é principalmente nos agricultores bem informados que saibam qual é o modo de
cultivo mais adequado de maneira a obter o maior lucro possível. Actualmente os
agricultores são empresários e frequentam cursos de formação.
A agricultura mecanizada
– é onde todo o processo de produção é feito mecanicamente.
Agricultura científica –
utiliza técnicas extremamente sofisticadas como uso de fertilizantes, sistemas
de irrigação adequados às culturas, correcção dos solos, atribuindo-lhes
produtos químicos para corrigir as suas características, uso de estufas e
selecção de sementes.
Agricultura
especializada – existente nas regiões de exploração agrícola com produções
adaptadas ao clima, relevo e solo com o objectivo de produzir o máximo com
menor custo, havendo uma elevada produtividade.
Agricultura ligada à
indústria – fornece a esta actividade matérias-primas, ou seja, são indústrias
relacionadas com a actividade agrícola, uma vez que, transformam produtos
agrícolas ou a conservação destes.
As características desta agricultura são as seguintes:
Agricultura europeia – é
uma agricultura praticada em terras de pequena e média dimensão, é bastante
mecanizada e recorre muito a fertilizantes químicos. A agricultura europeia tem
tido inúmeras transformações e com progressos para uma especialização cada vez
mais acentuada, tendo em mente corrigir o excesso de produção em determinados
aspectos. Esta tendência acentuou-se com a criação da PAC (política agrícola
comum) que através de subsídios tentou diminuir as produções excedentárias e fundar
outras actividades complementares como por exemplo o artesanato, a caça, a
pesca, etc.
tem ainda produção de
matérias-primas de interesse industrial como o café, cacau, algodão, borração,
etc., sendo posse de grandes empresas estrangeiras (multinacionais). A mono
produção, é caracterizada desta agricultura.
Muitas terminologias foram empregadas
historicamente para se referir ao mesmo sujeito: camponês, pequeno produtor,
lavrador, agricultor de subsistência, agricultor familiar. A substituição de
termos obedece, em parte, à própria evolução do contexto social e às
transformações sofridas por esta categoria, mas é resultado também de novas
percepções sobre o mesmo sujeito social.
A partir dos anos 90 vem se observando um
crescente interesse pela agricultura familiar no Brasil. Este interesse se
materializou em políticas públicas, como o PRONAF (Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar) e na criação do MDA (Ministério do
Desenvolvimento Agrário), além do revigoramento da Reforma Agrária. A
formulação das políticas favoráveis à agricultura familiar e à Reforma Agrária
obedeceu, em boa medida, às reivindicações das organizações de trabalhadores
rurais e à pressão dos movimentos sociais organizados, mas está fundamentada
também em formulações conceituais desenvolvidas pela comunidade acadêmica
nacional e apoiada em modelos de interpretação de agências multilaterais, como
a FAO, o IICA e o Banco Mundial.
Contudo, não se pode afirmar que este
segmento tenha sido reconhecido como prioridade pelos governos, haja vista que
a agricultura patronal tem concentrado, nos últimos anos, mais de 70% do
crédito disponibilizado para financiar a agricultura nacional. Assim, há hoje
dois projetos em pugna os para o campo no Brasil. O primeiro é um enfoque setorial,
cuja preocupação central está na expansão da produção e da produtividade
agropecuária, na incorporação de tecnologia e na competitividade do chamado
agribusiness. Este enfoque se articula em torno dos interesses empresariais dos
diversos segmentos que compõem o agronegócio e está claramente representado no
Ministério da Agricultura. Em contraposição, o segundo enfoque enfatiza os
aspectos sociais e ambientais do processo de desenvolvimento, de acordo com o
que vem se denominando a sustentabilidade do desenvolvimento rural, que procura
equilibrar a dimensão econômica, social e ambiental do desenvolvimento.
Este segundo enfoque tem escolhido a
agricultura familiar como um dos seus pilares chaves. Uma pesquisa realizada
pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e pelo
INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), cujo objetivo
principal era estabelecer as diretrizes para um “modelo de desenvolvimento
sustentável”, escolheu-se como forma de classificar os estabelecimentos
agropecuários brasileiros a separação entre dois modelos: “patronal” e
“familiar”. Os primeiros teriam como característica a completa separação entre
gestão e trabalho, a organização descentralizada e ênfase na especialização.
O modelo familiar teria como
característica a relação íntima entre trabalho e gestão, a direção do processo
produtivo conduzido pelos proprietários, a ênfase na diversificação produtiva e
na durabilidade dos recursos e na qualidade de vida, a utilização do trabalho
assalariado em caráter complementar e a tomada de decisões imediatas, ligadas
ao alto grau de imprevisibilidade do processo produtivo (FAO/INCRA, 1994).
A escolha da agricultura familiar está
relacionada com multifuncionalidade da agricultura familiar, que além de
produzir alimentos e matérias-primas, gera mais de 80% da ocupação no setor
rural e favorece o emprego de práticas produtivas ecologicamente mais
equilibradas, como a diversificação de cultivos, o menor uso de insumos
industriais e a preservação do patrimônio genético.
Assim, o meio rural, sempre visto como
fonte de problemas, hoje aparece também como portador de soluções, vinculadas à
melhoria do emprego e da qualidade de vida (WANDERLEY, 2002). Este enfoque é
representado também pelo Prof. José Eli da Veiga e colaboradores no documento
“O Brasil Rural precisa de uma Estratégia de Desenvolvimento”, onde os autores
sugerem que o projeto de desenvolvimento para o Brasil rural deve visar a
maximização das oportunidades de desenvolvimento humano em todas as regiões do
país diversificando as economias locais a começar pela própria agropecuária. Em
reportagem publicada pela Revista Rumos em novembro-dezembro de 2003, o mesmo
Prof. José Eli da Veiga observa o brutal poder devorador de postos de trabalho
da atual modernização das grandes lavouras, exemplificado no caso da
cana-de-açúcar, onde a demanda de força de trabalho foi cortada pela metade nos
anos 90, apesar da expansão de 10% da área cultivada.
O modelo “produtivista”, de necessário
aumento da produção e da produtividade, orientado para as funções da
agricultura como fornecedora de alimentos baratos, matérias-primas e divisas,
tem cedido lugar à ótica da multifuncionalidade, mesmo que esse termo seja
muito polêmico por ter sido utilizado pela União Européia para justificar a
manutenção dos subsídios agrícolas. Nesses países, a agricultura se apresenta
não apenas como fornecedora de bens, senão também de serviços tangíveis e
intangíveis, como os serviços ambientais e procura responder também a certas
aspirações simbólicas da sociedade, como a preservação da paisagem e da cultura
local.
Além disso, a agricultura familiar está
associada à dimensão espacial do desenvolvimento, por permitir uma distribuição
populacional mais equilibrada no território, em relação à agricultura patronal,
normalmente associada à monocultura. Estas idéias devem ser contextualizadas no
debate sobre os caminhos para a construção do desenvolvimento sustentável.
Recentemente, vem sendo defendida uma
perspectiva que reforça as idéias acima apresentadas é a dimensão territorial
do desenvolvimento rural, onde as atividades agrícolas e não-agrícolas devem
ser integradas no espaço local, perdendo sentido a tradicional divisão
urbana/rural e ultrapassando o enfoque predominantemente setorial (agrícola) do
espaço rural. No âmbito das políticas públicas, isto se traduziu na criação da
SDT (Secretaria do Desenvolvimento Territorial), subordinada ao MDA.
Todavia, mesmo havendo consenso entre
vários autores sobre a importância da agricultura familiar, as visões em
relação ao modelo que essa agricultura familiar deveria adotar divergem em
certos aspectos.
Abramovay diferencia a agricultura
familiar no interior das sociedades capitalistas mais desenvolvidas como uma
forma completamente diferente do campesinato clássico. Enquanto que os
camponeses podiam ser entendidos como “sociedades parciais com uma cultura
parcial, integrados de modo incompleto a mercados imperfeitos”, representando
um modo de vida caracterizado pela personalização dos vínculos sociais e pela
ausência de uma contabilidade nas operações produtivas. Já a agricultura
familiar, segundo o mesmo autor, [...] é altamente integrada ao mercado, capaz
de incorporar os principais avanços técnicos e de responder as políticas
governamentais. Aquilo que era antes de tudo um modo de vida converteu-se numa
profissão, numa forma de trabalho (ABRAMOVAY, 1992, p.22-127).
Para esse autor, em lhe sendo favorável
esse ambiente e com apoio do Estado, a agricultura familiar preencherá uma
série de requisitos, dentre os quais fornecer alimentos baratos e de boa
qualidade para a sociedade e reproduzir-se como uma forma social engajada nos
mecanismos de desenvolvimento rural. O pensamento de Abramovay fica claramente
evidenciado quando expressa que “Se quisermos combater a pobreza, precisamos,
em primeiro lugar, permitir a elevação da capacidade de investimento dos mais
pobres. Além disso, é necessário melhorar sua inserção em mercados que sejam
cada vez mais dinâmicos e competitivos”.
Assim, existe uma visão onde o agricultor
familiar está fortemente inserido nos mercados e procura sempre adotar novas
tecnologias. Em contraposição, há uma corrente que tem sido caracterizada como
“neo-populismo ecológico”, por resgatar alguns conceitos do pensamento de
Alexander Chayanov, que destaca a autonomia relativa do pequeno produtor,
enfatizando a utilização de recursos locais, a diversificação da produção e
outros atributos que apontam para a sustetabilidade dos sistemas de produção
tradicionais. Nessa visão, a sobrevivência do agricultor familiar teria muito
mais de resistência do que de funcionalidade à lógica da expansão capitalista.
Este segundo enfoque está associado ao
que se conhece como agroecologia. Na agroecologia (ALTIERI, 2002), os objetivos
de um programa de desenvolvimento rural seriam:
1) Segurança
alimentar com valorização de produtos tradicionais e conservação de germoplasma
de variedades cultivadas locais;
2) Resgatar e reavaliar o conhecimento das tecnologias camponesas;
3) Promover o uso eficiente dos recursos locais;
4) Aumentar a diversidade vegetal e animal de modo a diminuir os riscos;
5) Reduzir o uso de insumos externos;
6) Busca de novas relações de mercado e organização social.
2) Resgatar e reavaliar o conhecimento das tecnologias camponesas;
3) Promover o uso eficiente dos recursos locais;
4) Aumentar a diversidade vegetal e animal de modo a diminuir os riscos;
5) Reduzir o uso de insumos externos;
6) Busca de novas relações de mercado e organização social.
O pensamento agroecológico resgata a
figura do camponês e valoriza seus conhecimentos, sobretudo em relação ao
convívio com o meio ambiente, aprendido através de gerações de interação do
homem com os recursos naturais.
O desenvolvimento rural, sob essa ótica,
representa uma tentativa de ir além da modernização técnico-produtiva,
apresentando-se como uma estratégia de sobrevivência das unidades familiares
que buscam sua reprodução. O modelo não é mais o do agricultor-empresário, mas
o do agricultor-camponês que domina tecnologias, toma decisões sobre o modo de
produzir e trabalhar (SCHNEIDER, 2003).
Contudo, a agroecologia não está pensando
numa agricultura apenas de subsistência, mas a integração ao mercado de
produtos e insumos deve ser olhada com cautela, para não aumentar a dependência
do produtor. Por outro lado, tem que reconhecer que os autores que enfatizam a
necessidade de modernizar a agricultura familiar, também não deixam de
reconhecer os impactos ambientais e sociais que muitas das chamadas técnicas
modernas tem provocado ou poderão vir a provocar.
Em síntese, há consenso sobre a
necessidade de construir uma agricultura mais sustentável que considere os
aspectos sociais e ambientais, além dos aspectos econômicos, e sobre a
importância dos agricultores familiares na construção desse novo modelo, mas
ainda há divergências sobre os modelos mais apropriados para que a agricultura
familiar atinja esses objetivos. Há uma linha que defende maior competitividade
e integração nos mercados e o enfoque agroecológico que se fundamenta numa
profunda mudança no modelo tecnológico, na organização da produção e até mesmo
numa mudança de valores e na própria organização da sociedade.
CONCLUSÃO
Depois algumas
investigações feitas sobre a Evolução do Processo de evolução da Agricultura
conclui que a agricultura no âmbito comercial visa à produção
de renda financeira através da
produção de plantas e animais que são demandados no mercado.
E por outro lado caracterizo a agricultura como o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objectivo deobter alimentos, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas,
ou apenas para contemplação estética.
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