INTRODUÇÃO
Psicologicamente a memória é aquela que recebe
as informações de entrada captadas pelos olhos, ouvidos, etc. a
inteligência é nada mais que o conhecimento recebido pelo homem, o que podemos
chamar de raciocínio, e utilizado por ele através do que chamamos de
memória.
DESENVOLVIMENTO
Inteligência e a Memoria
Podemos dizer que o raciocínio, é a
velocidade com que o ser humano recebe o conhecimento. Já a memória é o tempo
que o conhecimento pode ser guardado na mente humana.
A inteligência é uma característica do
ser humano. É a capacidade global do indivíduo para pensar racionalmente e agir
no seu ambiente e inclui todas as habilidades da mente. Por isso são muitas as
competências intelectuais que adquirimos ao longo da vida. Dentre elas estão, a
expressão e a compreensão verbal, o manuseio de objectos, a flexibilidade de
pensamento, a criatividade, o raciocínio lógico, a formação de conceitos abstractos,
a formação de opinião, a indução, a inferência, a capacidade de estimativa, de
julgamento, a de lidar com números, atenção, percepção e memória.
Assim a inteligência pode ser definida
também como a maneira como nós pensamos sobre algo e como conhecemos as coisas,
nossa habilidade para apreender significados, fatos e verdades, lembrar de
experiências, entender o mundo social, as regras, entender também a si mesmo e
a maneira de governar a vida. Inteligência significa nossos processos mentais,
é considerada a base da aprendizagem e envolve a memória.
Todas as capacidades que adquirimos desde
a infância e na adolescência vão se aperfeiçoando ao longo da vida e seu ápice
ocorre na vida adulta. A inteligência muda ao longo da vida. Mudanças que
ocorrem nos comportamentos, geram outros comportamentos que costumamos chamar
de inteligentes. Cada vivência do mesmo tipo de situação, leituras, conversas e
desafios experienciados são actualizados e ou reformulados a todo o momento, o
que implica o crescimento de nosso conhecimento de mundo, nossos conhecimentos
episódicos, linguísticos, procedurais (agir em situações particulares), etc...
Por isso é que inteligência é uma construção, o mundo não nos é dado pronto e
acabado, construímos o nosso mundo. E essa construção sofre influência das
nossas convicções, crenças, atitudes diante da situação, bem como de todos os
nossos conhecimentos prévios armazenados, por isso é que envolve memória.
Os comportamentos inteligentes são expressos de várias formas. Desempenhos intelectuais são formas particulares e preferidas de processar informações, mas vão além de processar informações. São nossos estilos de pensamento, nossos esquemas mentais, ou modelos mentais, scripts, estratégias e competências que se traduzem em inúmeras inteligências:
Os comportamentos inteligentes são expressos de várias formas. Desempenhos intelectuais são formas particulares e preferidas de processar informações, mas vão além de processar informações. São nossos estilos de pensamento, nossos esquemas mentais, ou modelos mentais, scripts, estratégias e competências que se traduzem em inúmeras inteligências:
Tipos de inteligência
A inteligência criativa refere-se à actividade inventiva, a
capacidade do indivíduo criar algo que não existe para sua sobrevivência,
significa ter um pensamento original. A criatividade se exprime de diferentes
maneiras e uma das mais importantes na etapa adulta, é a capacidade de dar
diferentes respostas perante às situações da vida.
A inteligência tecnológica compreende a utilização de ferramentas
para usar no seu ambiente. A inteligência reprodutiva significa saber lidar com
esquemas seqüenciais, com algarismos. A inteligência emocional é saber lidar
com suas próprias emoções e de outrem e saber orientar pensamentos e ações na
vida social, envolve empatia, autoconhecimento, automotivação e
autovalorização. Inteligência social é ter capacidade de conhecer as regras
sociais, saber como os comportamentos devem ser.
Pesquisadores afirmam que todas as habilidades intelectuais
utilizam uma capacidade intelectual geral, mas também recorrem a habilidades
especializadas dependendo da tarefa. Existem duas dessas habilidades:
A inteligência fluída que é a capacidade
da pessoa resolver problemas, sobretudo problemas novos. Inclui o raciocínio
lógico e a formação de conceitos. É a capacidade de resolver problemas não
necessitam de instruções e de fatores sócio-culturais. Seu funcionamento é
influenciado por mecanismos biológicos.
A inteligência cristalizada envolve conhecimentos que a pessoa
adquiriu durante a vida. A pessoa é capaz de resolver problemas com base em
experiências e conhecimentos existentes. Tanto problemas de origem práticas ou
morais. É influenciada pelas questões sócio-culturais e podem desenvolver-se
com a idade. Podem apresentar progressos. É fruto das nossas práticas
culturais. São formas de pensamentos complexos e sofisticados que a pessoa
aprimorou ao longo da vida. Podemos chamar de sabedoria.
A sabedoria se desenvolve numa vida rica em estímulos e
experiências em associação com elementos motivacionais, sociais e de
personalidade. A inteligência cristalizada e a sabedoria dependem da integração
de funções biológicas e de experiência sociocultural. O aumento de
"estoque" de conhecimento pode facilitar o desempenho intelectual na
vida adulta e na velhice.
A
possibilidade de viver uma velhice normal, saudável e alcançar sabedoria é
descrita em termos de poder vivê-la bem. Consiste em obter melhores resultados
das capacidades que se tem. Porém, envelhecer bem depende das chances do
indivíduo usufruir de condições adequadas de educação, urbanização, habitação,
saúde e trabalho durante todo o seu curso de vida. É evidente que essa
adequação é relativo às estruturas e valores vigentes numa sociedade. Portanto,
mudanças no desenvolvimento intelectual na velhice podem ocorrer de modo
diferente para diferentes pessoas. Deve-se na medida do possível dar continuidade
às habilidades intelectuais ao longo da vida, recuperando os déficits,
otimizando os talentos e compensando capacidades para preservar o potencial
para o desenvolvimento.
Memória Humana
A memória humana é constituída pela capacidade dos
seres humanos de adquirir, conservar e evocar informações através de
dispositivos neurobiológicos e da interacção social. Os principais sistemas de
memória reconhecidos pela psicologia cognitiva são a memória sensorial, a memória de trabalho (também chamada memória operacional, a memória de curta duração)
e a memória de longa duração.Esta
última divide-se ainda em memória declarativa (subdividida em memória episódica e memória semântica) e memória de procedimentos.
Memória de Trabalho e a Longo Prazo
Para José Lino Bueno, professor do
Departamento de Psicologia e Educação da Universidade de São Paulo (USP) de
Ribeirão Preto,” a memória é um conjunto de procedimentos que permite manipular
e compreender o mundo, levando em conta o contexto actual e as experiências
individuais, recriando esse mundo por meio de ações da imaginação.”
Existem vários tipos de memórias que se
relacionam para formar "a memória" que usamos no dia-a-dia. A memória
de trabalho, por exemplo é uma delas, a utilizamos em ocasiões rápidas como por
exemplo, quando retemos um número de telefone apenas por tempo suficiente para
discarmos. Além da sua baixa capacidade de retenção da informação - alguns
segundos ou no máximo poucos minutos - a memória de trabalho é responsável por
gerir nossa realidade. Ela também determina se a informação é útil se deve ser
realmente armazenada, e ainda verifica se existem outras informações
semelhantes em nossos arquivos de memória e, por último, se esta informação
deve ser descartada quando já existe ou não possui utilidade.
Já a memória de longo prazo tem o objectivo
de formar arquivos e consolidá-los em nossas mentes, e estas informações pode
durar de minutos e horas a meses e décadas. São exemplos desse tipo de memória
as nossas lembranças da infância ou de conhecimentos que adquirimos na escola.
Segundo Bueno “os sistemas de curto e longo prazo de memória estão ligados,
transferindo informações continuamente de um para outro. Quando necessário, o
conteúdo da memória de longo prazo é transferido para o armazenamento da
memória de curto prazo. O sistema de curto prazo ou memória de trabalho
recupera as memórias, tanto de curto quanto de longo prazo", afirma.
Memória sensorial
As memórias sensoriais consideram-se uma
espécie de armazéns de informação provenientes dos diversos sentidos que
alargam a duração do estimulo. Isto facilita o seu processamento na Memória
Operativa. Os armazéns mais estudados os dos sentidos da visão e da audição. O
armazém icónico encarrega-se de receber a informação visual. Considera-se um
depósito de grande capacidade na qual a informação armazenada é uma
representação isomórfica da realidade de carácter puramente físico e não
categorizado (ainda que não se tenha reconhecido o objecto). Esta estrutura é
capaz de manter 9 elementos aproximadamente, por um intervalo de tempo muito
curto -sensivelmente 250 mil segundos. Os elementos que finalmente se
transferiram para a Memória Operativa serão aqueles a que o usuário prestará
atenção.
O armazém onomatopaico, por sua vez,
mantém armazenados os estímulos auditivos até que o receptor tenha recebido a
informação suficiente para a poder processar definitivamente na Memória
Operativa.
Memória operativa (ou memória de curto prazo)
A Memória Operativa (também chamada de
curto prazo) é o sistema onde o usuário lida com a informação a partir da qual
está interactuando com o ambiente. Apesar desta informação ser mais duradoura
que a armazenada nas memórias sensoriais, está limitada a aproximadamente 7±2
elementos durante 20 segundos (spam de memoria) findos os quais é apagada. Esta
limitação de capacidade manifesta-se em efeitos de primazia e recência. Quando se apresentam uma lista de elementos a algumas
pessoas (palavras, desenhos, acções...) para que sejam memorizados, ao fim de
um breve lapso de tempo recordam com maior facilidade aqueles itens que se
apresentaram ao princípio (primazia) e no final (recência) da lista, mas não
aqueles intermédios. O efeito de primazia diminui com o aumentar da lista, mas
o mesmo não se passa com a recência. A explicação que se dá a estes dados é que
as pessoas podem repassar mentalmente os primeiros elementos até os armazenar
na memória de longo prazo (que se explicará a seguir), à custa de não poder
processar os elementos intermédios. Os últimos itens, por sua vez, permanecem
na Memória Operativa até finalizar a fase de aprendizagem, pelo que estariam
acessíveis na altura de recordar a lista. As funções gerais deste sistema de
memória abarcam a retenção de informação, o apoio na aprendizagem de novo
conhecimento, a compreensão do ambiente em dado momento, a formulação de metas
imediatas e a resolução de problemas. Devido às limitações de capacidade quando
uma pessoa realiza uma determinada função as demais não se poderão levar a cabo
nesse momento.
A Memória Operativa é formada por vários
subsistemas: um sistema supervisor (o Executivo Central), e dois armazéns
secundários especializados em informação verbal (o Laço de Articulação) e
visual ou espacial (a Agenda Visioespacial). O Executivo Central coordena os
recursos do sistema e faz a sua distribuição por diferentes armazéns chamados
escravos segundo a função que se pretenda levar a cabo. Centra-se, portanto, em
tarefas activas de controlo sobre os elementos passivos do sistema, neste caso
os armazéns de informação.
O Laço Articulatório, por sua vez,
encarrega-se do armazenamento passivo e manutenção activa de informação verbal
falada. O primeiro processo faz com que a informação se perca num breve lapso
de tempo, sendo que o segundo (repetição) permite refrescar a informação
temporal. Mais ainda, é responsável pela transformação automática da linguagem
apresentada de forma visual até à sua forma fonológica (processo que se referiu
anteriormente no apartado de percepção), pelo que na prática processa a
totalidade da informação verbal. Isto demonstra-se quando se trata de recordar
uma lista de letras apresentadas de forma visual ou auditiva: em ambos os casos
uma lista de palavras de som semelhante é mais difícil de recordar do que uma
em que estas não sejam tão parecidas. Assim, a capacidade de armazenamento do
Laço Articulatório não é constante como se acreditava (o clássico 7 ±2), antes
diminui à medida que as palavras a recordar são maiores. Finalmente, a Agenda
Visioespacial é o armazém do sistema que trabalha com elementos de carácter
visual ou espacial. Como o anterior, a sua tarefa consiste em manter este tipo
de informação. A capacidade de armazenamento de elementos na Agenda
Visioespacial sai afectada – tal como no Laço Articulatório - pela semelhança
dos seus componentes, sempre e quando não seja possível traduzir os elementos
ao seu código verbal (p.e. porque o Laço Articulatório esteve ocupado com outra
tarefa). Assim, será mais difícil recordar um pincel, un bolígrafo e um lápis
que um livro, um balão e em lápis.
Investigou-se como a limitação de
recursos da Memória Operativa afecta a execução de várias tarefas simultâneas.
Nas investigações deste tipo pede-se às pessoas que realizem uma tarefa
principal (p.e. escrever um artigo) e de outra secundaria (p.e. escutar uma
canção) ao mesmo tempo. Se a tarefa principal se realizar pior que quando se
realiza sozinha, pode-se constatar que ambas tarefas repartem recursos. Em
linhas gerais, o rendimento em tarefas simples piora quando estas requerem a
participação de um mesmo armazém secundário (p.e. escrever um texto e estar
atento ao que se diz na canção) mas não quando os exercícios se levam a cabo de
forma separada nos dois armazéns ou subsistemas (p.e. escutar uma notícia e ver
umas imagens de televisão). Quando a complexidade das tarefas aumenta e se
requer o processamento de informação controlado pelo Executivo Central a
execução em ambas as tarefas diminui de velocidade mas não piora.
Também se demonstrou que as pessoas de mais idade mostram pior
rendimento nas tarefas que requerem o uso do componente do executivo central da
memória de trabalho. Pelo contrário, as tarefas que precisem da parte fonética
não serão tão afectadas pela variável idade. No entanto, actualmente esta
questão não é pacífica.
Memória de
Longo Prazo
Este armazém faz referência ao que
geralmente se entende por memória, a estrutura na qual se armazenam
recordações, conhecimento acerca do mundo, imagens, conceitos, estratégias de
actuação, etc. É um armazém de capacidade ilimitada (ou desconhecida) e contém
informação de natureza distinta. Considera-se como a “base de dados” na qual se
insere a informação através da Memória Operativa, para se poder posteriormente
fazer uso dela.
Uma primeira distinção dentro da Memória
de Longo Prazo (MLP), é a que se estabelece entre Memória Declarativa e
Procedimental. A Memória Declarativa é aquela em que se armazena informação
sobre acções, sendo que a Memória Procedimental serve para armazenar informação
baseada em procedimentos e estratégias que permitem interactuar com o meio
ambiente, mas que se posta em marcha tem lugar de maneira inconsciente ou
automática, resultando praticamente impossível a sua verbalização.
Classificação por tipo de informação
Memoria
procedimenta - Pode-se considerar como um sistema de execução, implicado na aprendizagem
de tipos distintos de habilidades que não estão representadas como informação
explícita sobre o mundo. Pelo contrário, estas activam-se de modo automático,
como uma sequência de pautas de actuação, perante os pedidos de uma tarefa.
Consistem numa série de reportórios motores (dactilografar, utilizar o rato...)
ou estratégias cognitivas (programar numa linguagem conhecida por parte do
usuário, efectuar um cálculo) que levamos a cabo de modo inconsciente.
A aprendizagem destas habilidades
acontece de modo gradual, principalmente através da execução da retro
alimentação que se obtenha desta; de facto, também podem influir as instruções
(sistema declarativo) ou por imitação. O grau de desenvolvimento destas
habilidades depende da quantidade de tempo empregue na sua prática, bem como do
tipo de treino que se leve a cabo. Como prevê a lei da prática, nos primeiros
ensaios a velocidade de execução sofre um rápido incremento exponencial que vai
diminuindo de ritmo conforme aumenta o número de ensaios de prática. A
aprendizagem de uma habilidade implica que esta se realize optimamente sem
demandar demasiados recursos de atenção que podem estar em uso com outra tarefa
ao mesmo tempo. A dita habilidade levar-se-à a cabo de maneira automática.
A unidade que organiza a informação
armazenada na Memória Procedimental é a regra de produção que se estabelece em
termos de condição-acção, sendo a condição uma estimulação externa ou uma
representação desta na memória operativa; e a acção considera-se uma
modificação da informação na memória operativa ou no ambiente. As
características desta memória são importantes chegada a hora de desenvolver uma
série de regras que ao aplicarem-se permitam obter uma boa execução de uma
tarefa.
Memoria
declarativa - A memória declarativa contém informação que se refere ao conhecimento
sobre o mundo e experiências vividas por cada pessoa (memoria episódica), bem
como informação referida ao conhecimento geral, melhor referido a conceitos
extrapolados de situações vividas (memoria semântica). Ter em conta estas duas
subdivisões da Memória Declarativa é importante para entender de que modo a
informação está representada e é recuperada de uma forma distinta.
A distinção de Memoria Semântica da conta
de um armazém de conhecimentos acerca dos significados das palavras e as
relações entre estes significados, ao constituir uma espécie de dicionário
mental, mostra que a Memória Episódica representa eventos ou sucessos que
reflectem detalhes da situação vivida e não somente o significado.
A organização dos conteúdos na Memória
Episódica está sujeita a parâmetros espacio-temporais, ou seja, os eventos que
se recordam representam os momentos e lugares em que se apresentaram. De facto,
a informação representada na Memória Semântica segue uma pauta conceptual, de
maneira a que as relações entre os conceitos se organizem em função do seu
significado.
Outra característica que diferencia ambos
tipos de representação refere-se a que os eventos armazenados na Memória
Episódica são aqueles que foram explícitamente codificados, sendo que a Memória
Semântica possui uma capacidade inferencial e é capaz de manejar e gerar nova
informação que nunca se havia apreendido explícitamente, mas que se havia implícita
nos seus conteúdos (entender o significado de uma nova frase ou de um novo
conceito).
CONCLUSÃO
Depois de algumas investigações feitas
sobre a Memoria e a Inteligência Humana conclui que; a memória é um conjunto de procedimentos
que permite manipular e compreender o mundo, levando em conta o contexto actual
e as experiências individuais, recriando esse mundo por meio de acções da
imaginação. A inteligência é formalmente
responsável pela capacidade de pensar logicamente e resolver problemas em novas
situações.
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