INTRODUÇÃO
A economia, ou actividade económica,
consiste na produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
Actualmente a economia aplica o seu corpo de conhecimento para análise e gestão dos mais
variados tipos de organizações humanas (entidades públicas, empresas privadas,
cooperativas etc.) e domínios (internacional, finanças, desenvolvimento dos
países, ambiente, mercado de trabalho, cultura, agricultura,
etc.). Riqueza é a situação referente à abundância na
posse de dinheiro e propriedades móveis, imóveis.
DESENVOLVIMENTO
Conceito de Rendimento e Riqueza
Rendimento é a forma de medir o impacto na variação
relativa ou percentual nas quantidades procuradas de um bem sempre que ocorrer
uma variação relativa ou percentual no rendimento disponível para gastos.
Normalmente existe uma relação directa
entre o rendimento e a quantidade procurada, ou seja, o valor da Elasticidade
procura rendimento é positivo. Neste caso falamos de bens normais.
Rendimentos do capital financeiro
Renda pré-fixada é aquela cujo valor é definido no ato de
uma aplicação financeira.
Renda Pós-fixada é definida ao final do período de
aplicação.
Rendas correntes ou rendas permanentes, são rendas que provêm ordinariamente de salários, pensões, juros.
Rendas extraordinárias são
rendas eventuais, que
provêm, por exemplo, de heranças, doações e outras entradas excepcionais de
dinheiro.
Teoria dos Custos
A teoria dos custos aborda conceitos como Custo
econômico, Custo total, Custo Marginal e Custo médio. Naturalmente, o objetivo
de uma firma é produzir a quantidade desejada com o mínimo de custos.
Custo económico
Ao contrário do que se possa imaginar a
princípio, o custo econômico não envolve apenas o valor despendido para a
aquisição de um bem ou serviço. Esse custo denomina-se custo contábil. O custo
econômico é um conceito mais abrangente, que pode ser definido da seguinte
forma:
Custo economico =
Custo contabil + Custo de oportunidade
Ou seja, o custo econômico é igual à soma do custo contábil
(também denominado explícito) e o custo de oportunidade (também denominado implícito).
Custo total
O custo total (CT) de uma produção é dado
pela soma dos produtos entre os preços de cada um dos fatores de produção e a
quantidade utilizada. Ele mede, naturalmente, o custo total em unidades
monetárias para se produzir q. Algebricamente:
Repartição Funcional do Rendimentos
O facto de vivermos em sociedade exige
uma repartição dos rendimentos, que não é nada mais do que dar a cada pessoa o
resultado do seu trabalho em uma qualquer unidade monetária ou qualquer outra
forma de pagamento.
Para que a produção se concretize é
necessária a participação de dois factores fundamentais, são eles o trabalho e
o capital.
É na realização do processo produtivo que se geram os rendimentos.
Repartição Funcional do
Rendimento
A repartição funcional do rendimento
mostra-nos como são remunerados os diferentes intervenientes no processo
produtivo, tendo em atenção as funções por eles desempenhadas.
Factor Trabalho
|
-Trabalhador
|
-Salário
|
Factor Capital
|
-Empresário
-Proprietário de Imóveis
-Detentor de capital/dinheiro
|
-Lucro
-Rendas
-Juros
|
Salário
O salário corresponde à parte do
rendimento que é auferido pelo trabalhador em troca do trabalho realizado no
processo produtivo. Neste caso fala-se em salário directo, ou seja, na
quantidade de moeda que o empresário paga aos trabalhadores.
Algumas famílias recebem, por vezes,
transferências do estado, sob a forma de subsídios, como o de desemprego, de
doença, etc. Neste caso trata-se de um salário indirecto pois não derivou de
uma participação directa no processo produtivo.
No entanto, temos de distinguir entre salário nominal e salário
real.
Salário Nominal e Real
O salário nominal é a quantidade de moeda
que o trabalhador recebe pelo trabalho prestado num determinado período de
tempo. O salário real corresponde à quantidade de bens e serviços que o
trabalhador pode adquirir com o salário nominal. O salário real traduz, assim,
o poder de compra dos trabalhadores.
A remuneração do factor capital no
processo produtivo assume as formas de:
- juros,
- rendas
- lucros.
Juro
O juro constitui a remuneração que os
detentores de capital auferem pelos empréstimos dos seus capitais. Esta
remuneração varia consoante:
- a taxa de juro fixada,
- a duração (tempo) do
empréstimo
- o montante do capital
emprestado.
Renda
A renda, actualmente, corresponde aos
rendimentos recebidos pelos proprietários dos prédios urbanos em virtude da sua
cedência a terceiros.
Lucros
O lucro designa a remuneração dos
empresários como contrapartida da sua iniciativa e dos riscos assumidos nos
investimentos realizados. O lucro é variável e depende do resultado da
actividade produtiva da empresa. O lucro é o resultado da diferença entre o
preço de venda e o preço de custo dos produtos produzidos. L = PV – PC.
Medição das desigualdades da Repartição dos rendimentos – Curva de
Lorenz
Curva de Lorenz: Gráfico utilizado pelos
analistas económicos para realçar, sobretudo, a desigualdade da repartição do
rendimento ou da riqueza. O método proposto traduz-se na construção de uma
curva de distribuição do rendimento ou da riqueza relacionando a % das famílias
(valores acumulados) com a % do rendimento ou riqueza (valores acumulados). A
análise da curva de Lorenz permite aos governantes tomar medidas para reduzir
as assimetrias existentes através das chamadas políticas de redistribuição do
rendimento.
O Rendimento Nacional por
capital
RNC= Rendimento Nacional/População total
O Rendimento nacional per capita indica-nos
uma média, partindo de uma hipótese de igualdade se o rendimento fosse
distribuído equitativamente por todos os elementos de uma população, qual seria
o valor recebido por cada pessoa?
Repartição Pessoal do
Rendimento
A repartição pessoal do rendimento
permite-nos analisar como é que os rendimentos se distribuem pelos agregados
familiares de uma dada comunidade. Através da análise podemos apreciar o grau
de desigualdade dessa distribuição, as desigualdades salariais.
O rendimento pessoal disponível é um
indicador do rendimento pessoal. Como sabemos, as famílias têm por principal
função consumir. Os seus recursos são constituídos, fundamentalmente, pelas
remunerações pagas pelos outros sectores institucionais.
O rendimento das famílias tem origem nas receitas provenientes:
- Da actividade produtiva: salários, juros, rendas, lucros;
- Das transferências internas: as prestações sociais feitas pela
Administração Pública e Privada (pensões, abonos, diversos subsídios, etc.);
- Das transferências externas: nestes têm especial relevância as
remessas dos emigrantes e outras;
No entanto, as famílias têm que pagar
impostos sobre o rendimento (impostos directos) e outras contribuições sociais
à Administração Pública. Deste modo, o seu rendimento ficará diminuído.
O Rendimento Disponível das Famílias é,
então, constituído pelo total dos rendimentos recebidos pela participação na
actividade produtiva e pelas transferências (internas e externas) depois de
subtraídos os impostos directos e as contribuições sociais.
Rendimento Pessoal Disponível =
Rendimento do Trabalho +Rendimentos do Capital + Transferências – Impostos
Directos –Contribuições Sociais
Desigualdades Salariais
Redistribuição dos
rendimentos
A repartição do rendimento pode ser
analisada, quer segundo a óptica da repartição funcional, quer ainda através da
repartição pessoal.
É o processo, através do qual o estado e
outras instituições procedem à recolha de rendimentos e à sua respectiva
transferência, de forma a garantir um melhor nível de vida a todos os cidadãos,
corrigindo assim as desigualdades provocadas pela repartição primária dos
rendimentos.
Na repartição pessoal verificamos a
existência de desigualdades de rendimentos. Para reduzir as desigualdades existentes
na repartição dos rendimentos, torna-se necessário garantir a toda a
comunidade, independentemente dos rendimentos provenientes da actividade
exercida por cada um, um conjunto de prestações sociais consideradas
fundamentais.
Cabe, assim, ao Estado proceder a uma redistribuição dos
rendimentos. Para isso, o estado actua de duas formas:
-Verticalmente: reduzindo as desigualdades provocadas pela
repartição primária dos rendimentos, através dos impostos directos
-Horizontalmente: ao efectuar transferências para as famílias mais
carenciadas, através, por exemplo, de subsídios.
O processo de redistribuição dos
rendimentos levado a cabo pelo estado tem, de uma forma geral, os seguintes
objectivos:
-corrigir as desigualdades provocadas pela repartição dos rendimentos.
-cobrir colectivamente os riscos individuais
-pôr à disposição de toda a população um conjunto de bens e
serviços sociais.
A redistribuição realiza-se através de
diferentes instituições, como por exemplo, a Administração Pública Central e
Local, a Segurança Social e o Fundo de Desemprego e outras organizações.
Estas instituições canalizam as
transferências quer para as empresas quer para as famílias, sob diversas
formas, nomeadamente para as famílias:
- fornecimento de bens e serviços colectivos, gratuitamente ou
através de pagamento parcial;
- pensões e subsídios vários;
para as empresas:
- subsídios à produção em determinados sectores;
- isenção de impostos;
O essencial da redistribuição é feito através da Segurança Social.
As desigualdades provocadas pela
repartição primária do rendimento levam a que o estado intervenha. Para isso
são desenvolvidas várias políticas de redistribuição levadas a cabo pelo
estado, das quais se referem:
-Politica de Preços: aplicação de impostos indirectos sobre o
consumo de bens e serviços consumidos pelas classes de rendimentos mais
elevados. Atribuição de subsídios aos bens ou serviços de primeira necessidade
de forma a torna-los mais acessíveis a população com menores recursos, como a
saúde e educação.
-Politica Social: criação de sistemas de segurança social, que
garante a protecção dos cidadãos em situações de invalidez, desemprego ou
velhice.
-Politica fiscal: aplicação de impostos directamente sobre os
rendimentos das pessoas ou indirectamente sobre os bens e serviços
Teoria dos Rendimentos
Em vez de focar uma minimização dos
custos a um dado nível de produção, uma firma pode também procurar a
maximização de seus lucros. A verdade é que, ao se minimizar os custos,
automaticamente estar-se-á maximizando os lucros de uma empresa. A Teoria dos
Rendimentos abrange conceitos como a Receita total, a Receita média e a Receita
marginal.
Receita total
A receita total de uma empresa (RT) é
igual ao produto entre a quantidade produzida (q) e o seu preço de venda (p) - lembre-se de não confundir os conceitos de preço de venda (p) e custo (w).
Receita média
A receita média (RMe) é o quociente entre a receita total e a
quantidade produzida.
Como era de se imaginar, a receita média
é dada pelo preço unitário de venda do produto.
Receita marginal
A receita marginal (RMg) é um conceito
tão importante quanto o do Custo Marginal, como veremos adiante. Ela mede o
ganho na receita da empresa obtido pela produção de uma unidade a mais do
bem/serviço a ser comercializado. Algebricamente:
Lucro
O lucro de uma empresa é dado pela
diferença entre receitas e despesas. Logo, o lucro total (LT ou π) de uma
firma é dado por:
LT = π
= RT − CT
CONCLUSÃO
Depois de algumas investigações feita
sobre a Repartição Funcional do Rendimento conclui que em poucas palavras a
completa falta de qualquer tipo de riqueza pode constituir pobreza,
embora o oposto da pobreza seja a suficiência (em alimentação,
abrigo, educação e atendimento em saúde),
mais que a abundância que a riqueza implica.
A boa gestão empresarial permitirá que quando os bens sejam vendidos, haja um lucro (diferença entre os custos de produção dos bens e o preço da sua venda).
Para que toda a actividade da empresa decorra, são essenciais os trabalhadores, cuja remuneração se denomina por salário.
Para poder existir uma certa diferenciação entre as diferentes formas de remuneração, são classificadas pelos rendimentos primários (repartidos pelo factor trabalho - salários - e pelo factor capital - rendas, juros e lucros).
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