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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Introdução a Guerra-Fria e a Europa de 1945-1991



INTRODUÇÃO

A Segunda Guerra Mundial marcou declínio da Europa e a passagem dos Estados Unidos da América e da União Soviética ao primeiro plano da política internacional.

Entre o termo do conflito e os inícios da década de 1950, as duas grandes potências envolveram-se em serias disputas ideológicas: os Estados Unidos assumem-se como defensor dos países democráticos do Ocidente frente ao totalitarismo Soviético, enquanto a União Soviética se afirma como defensor dos povos contra opressão do imperialismo Americano.

Em 1946 e 1947, os EUA e URSS organizam dois blocos profundamente hostis. Foi o início da época da guerra-fria de grades afrontamentos entre as duas super potências.

Fora da Europa é o tempo dos movimentos nacionalistas asiáticos e, depois, dos povos africanos. Com a descolonização nasci o terceiro mundo.


























2- A Guerra-fria entre as Super potencia (1945-1991)

A guerra-fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indirectos entre as duas super potências (EUA e a URSS), compreendendo o período entre o final da segunda guerra mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Em resumo, foi um conflito de ordem politica, militar, tecnológica, económica, social e ideológica entre as duas super potências e suas zonas de influências.

A guerra-fria foi caracterizada para alguns autores, como uma forma de guerra “ (…) em que não se chega ao exercício da colação violenta através da efectiva utilização dos meios militares (…)” ¹. Com tudo existe opositores a esta oposição.

Segundo Gaston Bouthoul, afirma que “a Guerra-fria não é uma guerra”; enquanto que, Eric Hobsbawn, aceita que a guerra-fria foi uma guerra ao afirmar: “ (…) uma terceira guerra mundial embora uma guerra muito peculiar (…)”, apoiando-se no conceito de Thomas Hobbes, segundo “(…) a guerra não consiste só na batalha, ou no acto de lutar; mas num período de tempo em que a vontade de competir através da batalha é suficientemente conhecida”.

Assim podemos definir a guerra fria como a situação de conflitualidade global que no sistema bipolar na segunda metade do século XX opôs as duas super potencias mundiais EUA/ potencia marítima e a URSS/ potencia terrestre, os dois blocos por elas liderados (bloco ocidental e bloco do leste), os dois sistemas ideológicos, políticos e económicos que neles predominavam, capitalismo, liberalismo e economia de mercado no ocidente, comunismo estalismo e economia centralizada no Leste, as quais desenvolveram e aperfeiçoaram sistemas militares com uma capacidade de destruição mutua total e, por isso, nunca chegaram a um conflito armado directo³.
Alguns autores que o discurso de Winston Churchil (Marco 1946), em Fulton-EUA, depois ter deixado o cargo de 1º Ministro inglês, quando afirmou que “ uma cortina de ferro desceu sobre a Europa, do Báltico ao adriático” 4, foi o início da Guerra-fria.



1 - Correira, Pedro de Pezarat; Manual de Geopolítica e Geoestratégia, volume 2, pag 1.
2 – Op.Cit. Pag 1.
3-Ibid.
4- Discurso de Winston Churchil em Fulton (EUA), em 5 de Março de 1946, Cit. In André Fontaine, Histoire de le Guerre Froide, Tomo I

                 
Outros consideram o início da Guerra-fria em 1947 (4 de Março), com o discurso do presidente americano Harry Truman no congresso americano, onde lançou o que ficou conhecido como a doutrina de Truman que visava conter o avanço do comunismo e consegue apoio para colocar forças militares nos Balcãs, Turquia e Grécia.
Também há quem diga que o plano Marshall (plano de ajuda americana à recuperação económica da Europa), lançado por George Marshall, poderá ter sido uma das causas para o início da guerra-fria. E a partir daqui que se começa o termo Guerra-fria para explicar o corte entre as super potencias que tinham sido aliadas na 2ª Guerra Mundial (1938-1945) contra o eixo Alemanha-Itália-Japão.       
        
 A Guerra-Fria foi ainda provocada por diversos factores de conflitual idade, antagonismo que antagonizaram posições e aumentaram a clivagem bipolar e a lógica dos blocos. Foram cinco (5) as questões que atravessaram todo o período da guerra-fria e que deixaram marcas caracterizadoras:
1- Antagonismo ideológico -Aqui registe-se o conflito entre os dois blocos divididos por duas formas diferentes de ver o mundo; por um lado temos o bloco ocidental, promotor da democracia liberal, do capitalismo, da economia de mercado e por outro lado, o bloco de Leste, adepto comunismo, estalismo e de economia centralizada e planificada;
2-Questão alemã – A Alemanha foi dividida, ocupada e depois separada em dois Estados, cada um deles transformado em posto avançado de um dos blocos;
3-Partilha da Europa em blocos antagónicos – Projecção da questão Alemã a escala regional;
4- Escala armamentista – Existiu uma escalada quantitativa e qualitativa ao armamento;
5- Descolonização – Foi um factor de competitividade entre as duas Super potencia e foi algo paradoxal já que as duas Super potenciam se afirmaram defensoras do fim das colónias e apoiantes da luta pela independência. Entretanto, os campos ideológicos diferentes davam-lhes visões opostas dos projectos de descolonização que defendiam, que podiam ser catalogados como revolucionários – o soviético, ou neocolonial – o americano.  
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2.1 – A Europa de 1945-1947

Em 1945, terminada a segunda guerra mundial, a Europa perde o prestígio e a importância que durante séculos, tinha gozado no mundo. Assim sendo, dois países passaram a dominar as relações politica internacionais - EUA e URSS.

A aliança entre as duas super potencias, crucial na vitoria dos aliados sobre o nazismo pouco durou, devido ao antagonismo dos sistemas políticos – em nome da defesa do capitalismo, EUA e URSS opuseram-se com tal violência que provocaram uma profunda divisão na Europa:

- No leste da Europa, isto é nos países libertos pelo exército vermelho, a União Soviética apoia a formação do governo provisórios e frentes populares. Controlados os ministérios mas importantes (com ministério da justiça e o do exercito, os comunistas eliminam, de seguida, e dos adversários políticos. Apesar de forte resistência, Estaline impôs nesses países – Roménia, Bulgária, Hungria, Polónia e Checoslováquia – governos pró-sovieticos e rapidamente suprimem as liberdades politicas, colectivizam a terra e nacionalizam as empresas. Assim em 1946 de norte a sul da Europa estabelece-se uma “cortina de ferro” 5 que isola, em beneficio da URSS, a Europa de leste do resto do mundo;

No ocidente, os EUA tomam medidas excepcionais para o combate a miséria e o descontentamento popular e para travar o expansionismo soviético. Com esse objectivo, o presente Truman anuncia, em Março de 1947, o propósito americano de apoiar qualquer governo interessado em travar o avanço comunista

Em Julho de 1947, o general Marshall propõe aos países Europeus um programa de reconstrução económico, capaz de evitar perturbações sociais que favorecem a propaganda e acção dos partidos comunistas na Europa.

Este plano de ajuda americana - plano Marshall – foi aceite pelos países ocidentais. Para administrar os fundos concedidos pelos EUA, os países beneficiados criam em 1948, a Organização Europeia de Cooperação Económica (OECE).

A união soviética opôs-se a estratégia americana de conter o avanço do comunismo na Europa. Para tal, Estaline receoso que o plano Marshall levasse ao alargamento da influência americana para leste procurou criar o laço de solidariedade politica entre os países da Europa oriental, tendo criado em Setembro/Outubro de 1947, a resposta aos EUA: 6    
5 – Discurso de Jorge Machado (subsecretario de Estado), a 5 de Junho de 1947, Cit. In A. Fonteine, Histoire de le Guerre Froide, Tomo
6 – Barreira, Aníbal Moreira, Mendes, páginas do tempo, historia 9, Edições ASA, PP. 194-197

- Kominfom – Órgão de Controlo e de Coordenação dos Partidos Comunistas Europeus:

2 – A doutrina Jdanov – Teoria politica que concebia o mundo dividido em dois campos rivais, ou seja, o da democracia dirigida pela União Soviética e o do imperialismo controlado pelos Estados Unidos.
Assim, em fins de 1947, a ruptura entre essas duas super potencias um facto; Ao mesmo tempo, acentua-se a divisão da Europa em dois grupos políticos: No ocidente, constitui-se o bloco dos países democráticos*, protegidos pelos EUA (pelo que imediatamente, os comunistas foram afastados dos governos da França, Itália e Bélgica); no Leste, formou-se o bloco dos países de Democracia Popular**, controlado pela URSS (apenas a Jugoslávia recusou seguir o modelo comunista, rompendo com União Soviética em 1948).  

































*Democracia liberal – Regime politico em que os partidos alternam no poder; as eleições são livres e a economia é de tipo capitalista (economia de mercado)
**Democracia Popular – Regime político em que o poder e exercido por um partido único e a economia e de tipo Socialista (estatizada, sob absoluto controlo do Estado).  
2.2. Crises e teatro da Guerra – Fria (1948-1962)

A Guerra – Fria começou na Europa e só depois se estendeu a Ásia. As suas graves crises foram: 7

- O Bloqueio de Berlim (1948-1949) – a unificação das três zonas ocidentais de Berlim (ocupadas desde o termo da segunda guerra mundial pelos Estados Unidos, Inglaterra e França) levou Estaline em Junho de 1948, a cortar as comun9icações rodoviárias e ferroviárias entre essa área e o resto da Alemanha. Em resposta os Estados Unidos organizaram “uma ponte aérea” para abastecer Berlim. Ao fim de quase um ano, Estaline ordenou o levantamento do bloqueio a que se seguiu a divisão do país a Republica Federal da Alemanha (a parte ocidental) e Republica Democrática Alemã (a parte oriental).

- A Guerra da Coreia (1950-1953) – com o termo da segunda guerra mundial, a situação na Coreia era semelhante a da Alemanha, com uma área de ocupação Soviética no Norte e outra americana no Sul. Em 1948, essas zonas dão origem, respectivamente a Coreia do norte (pró-soviética) e a Coreia do Sul (pró-americana). Em 1950, as duas Coreia envolveram – se em guerra pelo facto do exército comunista do norte ter invadido o sul, provocando a contra-ofensiva americana. De seguida, a China comunista interveio apoio da Coreia do Norte, o que fez surgir a ameaça de um conflito generalizado. Em 1953, assinou-se um armistício que fixou o paralelo 38 como a linha divisória entre as duas Coreia.

A tensão na Europa e a guerra na Ásia, em 1949 a consolidação militar e económica dos dois blocos – no ocidente, a formação da Nato (e de uma vasta rede e alianças militar regionais espalhadas desde o mediterrâneo ao pacifico) e, no plano económico, a criação da organização Europeia de cooperação económica (OECE); no leste, também em 1949, a criação do COMECON (Conselho de Ajudo de Varsóvia).

Nos primeiros anos da década de 50, as super potencia lutam pela supremacia no armamento. É a época do “equilíbrio de terror, ou seja, da ameaça de destruição total face ao poderio atómico dos EUA e da URSS.

Perante o perigo iminente de uma guerra nuclear, ambas as potencias procuraram o dia logo como via para o entendimento. Contudo, o caminho do desanuviamento foi longo e difícil. 8




8- Ibid. Pag. 198.




 - Em 1952 os EUA testam a bomba de hidrogénio dando assim o primeiro passo para o aumento do nuclear.

- Agosto de 1953 a URSS explode a sua primeira bomba de hidrogénio, demonstrando assim que está a atingir a paridade nuclear.

 - Outubro de 1956 – dá – se a crise do Caual do Suez. Nasser, presidente do Egipto, nacionaliza o canal do Suez, o que leva uma intervenção militar conjunta da Inglaterra e da França (Detentores das Acções do Canal), aos quais se juntou Israel (esta apenas por questões geoestratégicas). Um ultimato conjunto dos EUA e da URSS trava esta ofensiva e obriga a retirada das tropas estrangeiras do Egipto. Este episódio deixou dois sinais visíveis no plano da guerra-fria:

1 – Washington afirma de forma irrefutável a sua liderança no bloco ocidental.

2 – Nasser, um dos lideres mas importante do movimento dos não-alinhados, então emergente, com o indiano Nehru, o indonésio Sukarno e o Juguslavo Tito, e os EUA receavam que este caso levasse os não-alinhados para o circulo do bloco do leste.

Abril de 1955 – criação do movimento Não-alinhados na conferência de Bandung, cujo objectivo, dar apoio e segurança aos países em desenvolvimento contra as duas super potencias. Condenavam o colonialismo, imperialismo e o domínio de países estrangeiros em geral.

O período que vai de 1950 até 1962 segundo José Phs. Nye, é o do auge da guerra – fria e que diz respeito a chegada á paridade nuclear e ao desenvolvimento da estratégica da dissuasão, já que, na década de 1960, os EUA e a URSS tinham armas suficientes para vencer e destruir a qualquer outro país do mundo. Uma quantidade tal de armas nucleares foi construído, que permitiria a qualquer uma das duas super potencias, sobreviver a um ataque nuclear massivo do adversário e a seguir, utilizando apenas uma fracção duque restasse do seu arsenal, pudesse destruir o mundo. Esta capacidade de sobreviver a um primeiro ataque nuclear, para a seguir retaliar o inimigo para um ataque devastador produziu medo suficiente nos líderes destes dois países para impedir uma guerra nuclear sintencializados em conceitos como destruição mútua a segurada no “equilíbrio do lerro.” 9

Em 1962 regista-se a crise dos mísseis em Cuba.




2.3 As Relações Internacionais de 1963-1975 – distensão e multipularidade.

O período da distensão (Détente) seguiu-se a crise dos mísseis por ela quase ter levado as duas super potencias a um embate nuclear. Os EUA e a URSS decidiram realizar acordos para evitar uma catástrofe mundial.

Nesta época vários tratados forma assinados entre os dois lados. A política Détente, foi principalmente seguida por Brejnev, que mas tarde criaria um grande sistema diplomático e de distensão, sendo esse o sistema que salvaria a pele de Brejnev, que entrará em uma estagnação económica apesar de alcançar um bem – estar para o povo Soviético. Durante a direcção do Brejnev e sua inesperavel doutrina o povo que nascerá depois da guerra-fria nunca havia presenciado um momento de tanta paz mundial.

Eis os acordos celebrados entre as duas superpotências no período de distensão: 10

1 – Tratado de Moscovo (1963)
- Os dois países regularam a pesquisa de novas tecnologias nucleares e concordaram em não ocupar a Antártida.

2 – TPN (tratado de não-proliferação de armas nucleares) (1968) – Os países signatários (EUA, URSS, China, França e Reino Unido) comprometiam-se a não transmitir tecnologias nucleares a outros e a se desarmarem de arsenais nucleares.

3 – SALTI ( Strategie Arms Limitation Talks – acordos de limitação a armamentos estratégicos) (1972).

- Previa o congelamento de arsenais nucleares dos Estados Unidos e da União Soviética.

Os dois países tinham os seus motivos particulares para buscar os acordos militares e políticos. A URSS estava com problemas no relacionamento com China, e viu este país se desalinhar do socialismo monopolista de Moscovo. Isso criou a pratica da diplomacia triangular, entre Washington, Moscovo e Pequim. Também estavam com dificuldades agrícolas e económicas. E os EUA haviam encontrado numa guerra contra o Vietname, e na década de 1970 entrariam em uma grave crise económica.



A distensão apesar de garantir o não-confronto militar acirrou a rivalidade politica e ideológica culminando em algumas revoltas sociais e apoios a revoltas e revoluções na Europa e no terceiro mundo.

Como exemplo, pode se citar a invasão do Afeganistão a intervenção soviética em praga e a própria guerra do Vietname, que foi dos maiores confrontos (1964 – 1975) militares, envolvendo capitalistas e socialistas no período da guerra-fria. Opôs o Vietname do norte e guerrilheiros pró-comunistas do Vietname do sul contra o governo pró-capitalista do Vietname do sul e os EUA;

Em 1968, a Tchecoslováquia foi vítima de uma grande manifestação popular apoiada por ideias de abertura politica e direcção á social – democracia e a um “Socialismo com uma face humana.” Esse movimento ficou conhecido como primavera de praga, em alusão a capital da Tchecoslováquia, praga, local onde os movimentos populares tomavam corpo. Temendo a liberdade politica da Tchecoslováquia, Leonid Brejnev, líder da URSS, ordenou a invasão de Praga e a repressão do movimento popular.

Em 1966 Charles de Gaulle, presidente da França, manteve os seus ideais de nacionalismo francês e anti-americanismo e desalinhou-se com as praticas dos EUA, saindo da OTAN;

Em 1969, O Chanceler da Alemanha ocidental, anuncia a “Ost Politik”, uma politica de aproximação dos vizinhos, os alemães orientais. E em 1972 os estados passam a se reconhecerem mutuamente podendo, assim, voltará a integrar a ONU.

Em 1975, os EUA e Vietname do norte assinaram os acordos de paz de Paris, onde os EUA reconheceram a unificação do Vietname sobre o regime comunista de Ho Chi Minh.

A derrota dos EUA evidenciou o fracasso da política norte americana na Ásia e acarretou a reformulação no governo Nexon, da política externa no oriente. Com isso, os norte-americanos buscaram uma maior flexibilidade e novos parceiros, destacando a aproximação com a China Comunista.

Neste período ocorreram os seguintes golpes de estado na América latina:

1954 – Golpe de estado na Guatemala – Jacobo Arbenz Guzmán presidente reformista, eleito, foi deposto pelo 1º golpe de estado promovido pela CIA na América latina.

1964 – Golpe de estado no Brasil – João Goulart foi deposto por uma revolta militar e exilou-se no Uruguai.

1973 – Golpe de estado no Chile em 11 de Setembro, uma rebelião militar liderado Augusto Pinochet e apoiada pelos EUA, depois o presidente Salvador Allende.

2.4 – A Década de 1975-1985: As Ultimas Confrontações entre os dois Blocos.
Este período (Dependendo da Classificação), ficou conhecido como II Guerra-Fria, devido a retomada das hostilidades endireitas entre EUA e URSS, após o período da distensão. No plano estratégico ficou clara a formação de uma grande coalizão global contra a União Soviética, que passou a incluir, além dos Estados Unidos e os seus aliados da OTAN e o Japão, também a China.

Os principais episódios que marcaram este período foram:

Em 1979 a URSS invade o Afeganistão, tendo assassinado Hafizullah Amin, colocando em seu posto Brabak Karmal, que a favor das politicas de Moscovo. A este evento seguia-se uma grande resistência anti-soviética da parte dos Mujahidin das montanhas afegãs apoiados por outros países, como China, Arábia Saudita, Paquistão e o próprio E.U. após anos de luta, as tropas soviéticas tiveram que abandonaram o país em 1988.

Esta vitória dos Mujahidin possibilitou, anos depois, a formação do grupo Taleban, que aproveitou a desordem no país para instaurar um governo autoritário fundamentalista no Afeganistão, nos anos 1990.

Ainda em 1979 Margaret Thatcher foi eleita a primeira-ministra do Reino Unido pelo partido conservador, deu a politica externa do país uma face mas agressiva contra o regime soviético:

No mesmo ano de 1979 o principal aliado americano no Golfo Pérsico, o Irão, passou por grande turbulência interna, passando por uma revolução Islâmica nacionalista, de carácter fortemente anti-americana, que levou os EUA a engendrar uma longa disputa com o novo regime no país. Como resultado deste processo, a partir de 1980, os EUA passaram a apoiar o Iraque na guerra deste país contra o Irão, que ficou conhecida como guerra Irão-Iraque.




Em 1981, foi eleito presidente dos EUA Ronald Reagen, que não esteve a favor da distensão como os seus predecessores, mas assim, defendeu a retomada da estratégia de cercamente da URSS. Como resultado desta politica ampliou-se fornecimentos a Saddam Hussein, ditador iraquiano que luta contra o Irão e apoio aos guerrilheiros Mujahidin que lutavam contra os soviéticos no Afeganistão.

Em 1983 Ronald Reagan, presidente do EUA anuncia a criação da iniciativa estratégica de defesa, que ficaria conhecida como “programa guerra das estrelas”, que tinha como objectivo criar um “escudo” contra os mísseis balísticos soviéticos, dando grande vantagem aos Estados Unidos na corrida armamentista e na corrida espacial. A reacção soviética foi ampliar ainda mas os seus gastos na área de defesa e no desenvolvimento do seu dispendioso programa espacial.


O fim da Guerra-Fria e o regresso ás nações (1985-1991)

Este período é do fim da guerra-fria porque este fim terá começado com a política de Mikhail Gorbatchov (1985); Berbatchov, embora defensor da Karl Marx, defendeu o liberalismo económico na URSS como a única saída vável para os graves problemas económicos e sociais.

A União Soviética, desde o início dos anos 70, passava por grandes fragilidades evidenciadas na queda da produtividade dos trabalhadores e a queda das expectativas da vida. A alta nos preços de petróleo no período de 1973-1979 e a nova alta de 1979-1985, deram uma sobrevida temporária á um sistema económico que já estava falido. A crise económica mundial nos anos 1980, a escassez de moedas fortes e a queda no preço das commodites exportadas pela URSS (petróleo e cereais), ajudaram aprofundar a crise do sistema económico planificado da União Soviética.

Os gastos militares tornaram – se muito altos para uma economia planificada externamente burocratizada e com cerca de metade do PIB e dos EUA. A economia de mercado dos EUA era muito mas competitiva que permitiam o repasse acelerado de tecnologias militares e aeroespaciais de ponta para o sector civil.

Na URSS tudo que seria produzido era previamente planificado quinquenalmente; a burocracia dificultava qualquer transferência de tecnologia sensível para o sector produtivo civil e toda produção agrícola era milimetricamente planificado.

Em 1986, ocorreu o acidente nuclear de Chernobil, tendo toda produção agrícola do ano perdido, obrigando o estado importar comida, e já tinha planificado importar uma safra recorde de grãos. Rapidamente começou a faltar pão no país que havia o maior produto mundial de trigo. Somando-se aos custos do movimento de meio milhão de homens no Afeganistão durante os anos 1980,mais os gastos militares da nova corrida armamentista, conhecida como segunda guerra-fria, aquela enorme economia engessada colapsos.

Frente a estes problemas, Mikhail Gorbatchov, em 1985 aplicou dois planos de reforma na URSS: A Perestroika e a Glasnot.

Perestroika: série de medidas de reforma económicas. Para Gorbatchov, não seria necessário erradicar o sistema socialista mas uma reformulação nesta série inevitável. Para tal, ele passou a diminuir o orçamento militar da União Soviética, o que implicou a diminuição de armamentos e a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão.

Glasnot: a “a liberdade de expressão” á impressa soviética e a transparência do governo para população, retirando a forte censura que o governo comunista empunha.

A nova situação de liberdade na União Soviética possibilitou um afrouxamento na ditadura que Moscovo impunha aos outros países. Pouco a pouco, o pacto de Varsóvia começou a enfraquecer cada vez mas o ocidente e o oriente caminhavam para vias pacíficas.

Em 1986, Ronald Reagan encontrou Gorbatchov em Reykjavik, Islândia, para discutir novas medidas de desarmamento dos mísseis estacionados na Europa.

Em 1989, registou-se a dissolução da União Soviética, tendo ocorrido no mesmo ano, as primeiras eleições livres no mundo socialista, com vários candidatos com a mídia livres para discutir. Ainda que muitos partidos comunistas tivessem tentado impedir as mudanças, a Perestroika e a Glasnot de Gorbatchov tiveram grande efeito positivo na sociedade.

Assim, os regimes comunistas, país após país, começaram a cair.

A Polónia e Hungria negociaram eleições livres (com destaques para vitoria do partido solidariedade na Polónia), e a Tchecoslováquia, a Bulgária, a Roménia e Alemanha Oriental tiveram revolta em massa, que pediam o fim do regime socialista. O ponto culminante foi a queda do Muro de Berlim em 9 de Novembro de 1989, e pôs fim a cortina de ferro e, para alguns historiadores á guerra-fria em si.

Esta situação repentina levou alguns conservadores da União Soviética, liderados pelo General Guenédi Ianaiev e Boris Pugo, a tentar um golpe de estado contra Gorbatchov em Agosto de 1991. O golpe, todavia, frustrou-se a decadência de Gorbatchov, consumar-se-ia em Setembro os países Bálticos conseguiram a independência em Dezembro a Ucrânia também se tornou independente.

Finalmente, no dia 31 de Dezembro de 1991, Gorbatchov anunciava o fim da União das Republica Socialistas Soviéticas, renunciando ao cargo que ocupava e ao sonho de ver um mundo socialista.

Em suma, considera-se que a guerra-fria terminou em Novembro de 1989 com a queda do Muro de Berlim. Aquém defenda que o fim deu-se com a reunificação da Alemanha, em Outubro de 1990, outros são de opinião que foi com o pacto de Varsóvia (Fevereiro de 1991), outros ainda no falhado pronunciamento de Moscovo de Agosto de 1991 que deu o golpe final na URSS que já se estava desmembrar desde Março de 1990 com a proclamação da Lituânia.

Em ultima analise, o fim da guerra-fria não se deve cingir um acontecimento mas ou menos localizado mas sim, por vários tendo em conta a politica de Mikhail Gorbatchov (1985), cuja a viragem baseou-se em dois conceitos muito conhecidos, Glasnot (transparência) e perestroika (reestruturação).

O fim da guerra-fria mostrou com precisão, a vitoria de uma parte sobre a outra o sistema ocidental capitalista de democracia representativa e de economia de mercado sobre o leste comunista centralizado de e economia planificada, do bloco ocidental da OTAN sobre o bloco de leste do pacto de Varsóvia, da potencia marítima e oceânica americana sobre a potencia terrestre e continental Euro-asiática.

Não á sombras de que a URSS perdeu guerra porque apartir de dada a altura (década 80)notou-se a incapacidade soviética para continuar a acompanhar o esforço armamentista e de aperfeiçoamento com novas tecnologias das formas armadas americana, alem disso Moscovo mostrou-se incapaz de manter a sua influencia nos espaços tradicionais, manifestado primeiro no Afeganistão , depois nas republicas da própria URSS, na Europa central aliadas ao pacto de Varsóvia, na Europa de leste e Báltico, na transcaucásia na Ásia Central, tendo muito aspecto uma aproximação e até integrarem-se  no bloco ocidental.
CONCLUSÃO

Tendo em conta a relevância do tema e a atenção que o mesmo cativou sobre a vida no planeta em risco, chegamos as seguintes conclusões:

A guerra-fria teve início em 1947 com a divisão do mundo em dois blocos limitais (Ocidental liderado por Nato) e do leste (Liderado pelo pacto da Varsóvia), teve fim em 1991 com a queda do Muro Berlim com as reformas do mundo socialista (Glasnot e Perestroika).

A guerra – fria foi originada devido ao discurso Truman Churchil, o plano Marshall, a violação dos acordos da Ialta, a questão alemã da cimeira de Potsdam.

Os principais confrontos travados entre as duas superpontencias foram: o bloqueio de Berlim (1948-1949), a guerra da Coreia (1950-1955) a guerra do Vietname (1964-1975) e a do Irão – Iraque durante o desenrolar da guerra-fria utilizou a estratégia a distinção a qual garantiu o não – confronto militar entre as superpotencias e a estratégia de dissuasão.

Após a distinção seguiu-se a crise dos Mísseis, que levaria as duas superpotencias a embate nuclear, tendo os E.U.A e a URSS decididas de realizar acordos para evitar uma catástrofe mundial.

A guerra – fria terminou com a vitória do bloco ocidental sobre o bloco de leste, virando o mundo unipolarizado.
        

     
                                                                    
                  

                                                         

          











BIBLIOGRAFIA

1 – Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes; paginas do tempo, história 9, edição Asa, 1ª edição, Porto 1995.

2 – Carreira, Pedro de Pezarat; Manual Geopolítico e Geoestratégia, Vol II, Quarteto Editora.

3 – Fontaine, Pascal (1998), A construção Europeia de 1945 aos nossos dias, Gradiva, Lisboa.

4 – Discurso de Winston Churchil em Fulton (EUA), em 5 de Março de 1946, cit. In André Fontaine, Historie de Guerre Froide, Tomo I.

5 – Discurso de George Marshal e (Subsecretario de Estado), a 5 de Junho de 1947, cit. In A. Fontaine, Histoire de Leguerre Froide, Tomo I.
6. www.google.com.pt /Wikipedia enciclopédia livre 















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