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Luanda Angola

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fundação da cidade de Luanda


INTRODUÇÃO
Neste trabalho de investigação que me foi incumbido vou abordar sobre a fundação da cidade de Luanda (Capital de Angola. Uma vez que os habitantes de Luanda são na sua grande maioria membros de grupos étnicos africanos, principalmente umbundu, e a seguir ovimbundu e bakongo.
























DESENVOLVIMENTO
Fundação da Cidade de Luanda
A cidade de Luanda foi fundada em 1576 sob o nome de São Paulo de Luanda  é a maior cidade e a capital de Angola, sendo também a capital. Localizada na costa do Oceano Atlântico, é o principal porto e centro administrativo de Angola. Tem uma população de aproximadamente 5 milhões de habitantes, o que a torna a terceira maior cidade lusófona do mundo, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro.
Luanda foi a principal cidade a acolher os jogos do Campeonato Africano das Nações 2010.

 

Origem do nome

A cidade ganha o nome através da sua ilha (Ilha de Luanda), local onde os primeiros colonos portugueses se radicaram.

Etimologia

O topónimo Luanda provém do étimo lu-ndandu. O prefixo lu, primitivamente uma das formas do plural nas línguas bantu, é comum nos nomes de zonas do litoral, de bacias de rios ou de regiões alagadas (exemplos: Luena, Lucala, Lobito) e, neste caso, refere-se à restingarodeada pelo mar. Ndandu significa valor ou objecto de comércio e alude à exploração dos pequenos búzios colhidos na ilha de Luanda e que constituíam a moeda corrente no antigo Reino do Kongo e em grande parte da costa ocidental africana, conhecidos por zimbo ou njimbo.
Como os povos ambundos moldavam a pronúncia da toponímia das várias regiões ao seu modo de falar, eliminando alguns sons quando estes não alteravam o significado do vocábulo, de Lu-ndandu passou-se a Lu-andu. O vocábulo, no processo de aportuguesamento, passou a ser feminino, uma vez que se referia a uma ilha, e resultou em Luanda.
Outra das versão para a origem do nome refere que o mesmo deriva de "Axiluandas" (homens do mar), nome dado pelos portugueses aos habitantes da Ilha, porque quando ai chegaram e lhes perguntavam o que estavam a fazer, estes responderam "uwanda", um vocábulo que em kikongo, designava trabalhar com redes de pesca.

 

 

 

Quando os portugueses chegaram à região onde hoje se localiza a cidade de Luanda, esta era parte integrante doreino do Ndongo, vassalo do reino do Kongo, e era especialmente importante por ser uma zona produtora de zimbo, uma pequena concha com valor fiduciário.
Respondendo a um pedido de envio de missionários feito aos portugueses pelo rei Ndambi a Ngola do Ndongo em1557, no dia 22 de Dezembro de 1559 zarparam de Lisboa três navios com um emissário do rei de Portugal, Paulo Dias de Novais, e dois padres jesuítas, Francisco de Gouveia e Agostinho de Lacerda. Chegados à barra do Kwanzano dia 3 de Maio de 1560, a missão portuguesa foi recebida com hostilidade e desconfiança pelo novo rei do Ndongo,Ngola Kiluanje kia Ndambi, que os encarou como agentes do rei do Kongo, mandando-os aprisionar. Mais tarde, com a promessa de conseguir apoio diplomático e militar português, Paulo Dias de Novais teve permissão para regressar a Portugal.
Na sua segunda viagem a esta região, Paulo Dias de Novais partiu de Lisboa no dia 23 de Setembro de 1574, acompanhado por mais dois padres da Companhia de Jesus, tendo chegado à Ilha de Luanda emFevereiro de 1575 [8], aportando com dois galeões, duas caravelas, dois patachos e uma galeota[9]. Aí estabeleceu o primeiro núcleo de colonos portugueses: cerca de 700 pessoas, onde se encontravam, religiosos, mercadores e funcionários, bem como 350 homens de armas [1].
A Ngola Kiluanje kia Ndambi tinha entretanto sucedido Njinga Ngola Kilombo kia Kasenda, discípulo do padre Francisco de Gouveia que, na sua estadia forçada de dezena e meia de anos, tinha aproveitado para fazer a sua acção evangelizadora entre os angolanos. No dia 29 de Junhode 1575, Paulo Dias de Novais recebeu uma comitiva enviada pelo ngola para o saudar [8].
Reconhecendo não ser a ilha de Luanda o lugar mais adequado, avançou para terra firme e fundou a vila de São Paulo da Assunção de Loanda em 25 de Janeiro de 1576, tendo lançado a primeira pedra para a edificação da igreja dedicada a São Sebastião — santo de grande devoção dos portugueses e patrono onomástico do rei de Portugal —, no lugar onde é hoje o Museu das Forças Armadas .
A escolha do novo local para a vila foi influenciada sobremaneira pela existência de um magníficoporto natural, situado numa baía protegida por uma ilha; de uma fonte de água potável, as águas do poço da Maianga na (então) lagoa dos Elefantes [10]; e das excelentes condições de defesa oferecidas pelo morro de São Paulo, após a reconquista do lugar aos holandeses designado por morro de São Miguel, após a dedicação do forte que aí existe a São Miguel, santo da devoção de Salvador Correia de Sá [11]. A sua população constituída pela comitiva de Paulo Dias de Novais, composta por sapateiros, alfaiates, pedreiros, cabouqueiros, taipeiros, um físico e um barbeiro, tiveram dificuldades de adaptação à inclemência do clima e à carência de condições para a fixação. No entanto, a vila expandiu-se para a "Cidade Alta", na continuação do morro de São Paulo, onde se construíram as instalações para a administração civil e religiosa. Os soldados e os mercadores de escravos viviam na "Cidade Baixa", na área actual dos Coqueiros [10].
Em 1580, chegaram a Luanda dois missionários jesuítas, em 1584 outros dois e, em 1593, mais quatro. Apesar das naturais dificuldades encontradas, as primeiras tentativas da evangelizaçãoderam resultados apreciáveis, ao ponto de, em 1590, já se dizer que haver aqui cerca de vinte mil cristãos.
No dia 1 de Agosto de 1594, chegou a Luanda um novo governador, João Furtado de Mendonça, que vinha substituir D. Francisco de Almeida e seu irmão D. Jerónimo. Fazia-se acompanhar por doze raparigas órfãs, educadas em Lisboa no recolhimento sustentado pela Misericórdia. A maior parte dos autores vê nestas raparigas as primeiras mulheres brancas que vieram para Luanda. Todas elas casaram com colonos aqui radicados.
Durante este tempo, a economia da cidade assentava exclusivamente no comércio de escravos, proporcionando avultados lucros e um elevado nível de vida. Esta abundância reflecte-se em muitos aspectos da vida da cidade, por exemplo, nas festas levadas a efeito em 1620 para comemorar a beatificação de São Francisco Xavier. O custo da comédia pastoril representada e do fogo-de-artifício que se queimou, atingiu a soma de 3 mil cruzados, uma verba considerada exorbitante na época [7].
No entanto, nem tudo foram gastos sumptuários nesta época. Em 1605, com o aumento da população europeia e do número de edificações, que se estendiam já de São Miguel ao largo fronteiro do actual Hospital Josina Machel [1], a vila de São Paulo de Luanda recebeu foral decidade, sendo constituída a primeira vereação municipal [10]. Nesta época ergueram-se, na parte alta, as igrejas da Misericórdia, em 1576; a Sé Episcopal, em 1583, no local onde actualmente funciona Casa Militar da Presidência da República [12]; bem como a igreja dos Jesuítas, em 1593; o Convento de São José, em 1604, no local onde hoje se ergue o hospital; o palácio do governador, em 1607; e da Casa da Câmara, em 1623, onde, mais tarde, funcionou o Tribunal da Relação de Luanda .
Luanda tornou-se a partir de 1627 o centro administrativo da região - que se começou a chamar de Angola, mas cuja dimensão era muito limitada. Para a defender foi construída a Fortaleza de São Pedro da Barra, em 1618, e a Fortaleza de São Miguel de Luanda, em 1634. Isto, no entanto, não evitou a sua conquista pelos holandeses e o domínio da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, entre 1641 e 1648 [1].
A tomada de Luanda pelos holandeses a 25 de Agosto de 1641 teve como consequência a brusca interrupção do fornecimento de escravos ao Brasil. A braços com uma longa guerra com a Espanha, a metrópole portuguesa era incapaz de pôr cobro à situação. Coube, pois, aos próprios governantes locais brasileiros, apoiados pela coroa portuguesa, a organização de uma expedição a Angola.
Uma primeira tentativa de reconquistar Angola foi chefiada pelo governador do Rio de JaneiroFrancisco de Souto-Maior à frente de uma expedição constituída por oito navios e 500 soldados, incluindo dezenas de índios. Apesar de a expedição não ter alcançado o resultado esperado — tendo perecido o próprio Souto-Maior, bem como parte significativa dos soldados, esquartejados e devorados pelos jagas, tribo canibal aliada dos holandeses — o facto de terem logrado trazer para o Rio dois mil escravos, deu novo alento aos donos de engenho, que se entusiasmaram com uma nova expedição.
Dois anos mais tarde, nova esquadra de 15 navios atravessou o Atlântico Sul rumo a Luanda. A expedição, capitaneada pelo novo governador do Rio, Salvador Correia de Sá e Benevides, deixou a Baía de Guanabara no dia 12 de Maio de 1648, reunindo entre 1400 e 1500 homens, segundo o historiador Charles Ralph Boxer, entre portugueses, brasileiros e angolanos refugiados [14]. A esquadra aproximou-se da capital angolana no dia 12 de Agosto, tendo encontrado a cidade protegida por apenas 250 holandeses nos Forte do Morro e da Guia, já que o grosso da guarnição, comandada pelo holandês Symon Pieterszoon, se encontrava em Massangano, combatendo os portugueses com os jagas .
Apesar de nos recontros de Luanda terem perecido 150 portugueses, contra apenas três mortos e oito feridos do lado holandês, a expedição logrou infligir um golpe fatal aos holandeses, destruindo as suas peças de artilharia, vitais para a sustentação da defesa. Perante isso, o administrador holandês Cornelis Hendrikszoon Ouman pediu a paz. Nos termos da rendição ficou acordado que deixariam Luanda e os postos avançados no Kwanza e em Benguela, mas levando consigo os escravos que eram propriedade da companhia holandesa. Regressado de Massangano, Pieterszoon aceitou a rendição, mas não sem antes distribuir amplamente armas entre os jagas, para que pudessem oferecer resistência aos colonizadores [13].
Na sequência da vitória, Salvador de Sá assumiu o governo da Angola, rebaptizando o Forte do Morro de Forte de São Miguel, em homenagem ao patrono da expedição vinda do Brasil. A cidade de São Paulo de Luanda foi rebaptizada para São Paulo de Nossa Senhora da Assunção, alegadamente por "Luanda" fazer lembrar "Holanda", sendo por isso mal visto. A escolha da invocação deveu-se à cidade ter sido conquistada no dia da festa de Nossa Senhora da Assunção[15]. Imediatamente os navios negreiros embarcaram em direcção ao Brasil com sete mil escravos apinhados nos porões. Estava restabelecido assim o tráfico de escravos para o Brasil [13].
Quando os holandeses foram expulsos por Salvador Correia de Sá e Benevides, Luanda encontrava-se, segundo António de Oliveira de Cadornega, praticamente destruída, com igrejas e casas sem tectos e sem portas, tendo a maioria dos seus antigos habitantes sido dizimada ou se posto em fuga. Em carta que o Senado da Câmara dirigiu ao rei nos princípios de 1665, informava-se que a população branca de Luanda se resumia a 132 almas [7].
Para aumentar a população, a Provisão Real de 23 de Outubro de 1660 isentava os moradores de Luanda de comparticiparem nas guerras do sertão e, em 4 de Maio de 1675, foi proposta ao Conselho Ultramarino a vinda de pessoas sob a alçada da lei, com exclusão apenas daquelas sobre as quais recaíssem penas capitais [7].

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cronologia

§     1575: Paulo Dias de Novais entra na cidade, na Barra da Corimba.
§     1576: Fundada a cidade de Luanda (S. Paulo da Assumpção de Loanda).
§     1596: Criada a Diocese de Angola e Congo.
§     1606: Primeiro foral da cidade.
§     1625: Fundação do primeiro hospital.
§     1765: Criado o Terreiro Público.
§     1813: O governador José de Oliveira Barbosa tenta, sem sucesso, trazer a água do rio Cuanza para a cidade.
§     1837: Criada a comarca de Luanda.
§     1845: Criação da Escola Principal de Instrução Primária (Decreto de 14 de Agosto de 1845).
§     1848: Criação da 1.ª Secretaria Militar da colónia.
§     1853: Dissolvido o Batalhão do Comércio de Luanda.
§     1865: Criação da filial do Banco Nacional Ultramarino.
§     1866: Inauguração do Posto Meteorológico, iniciando as observações em 10 de Abril desse ano.
§     1880: Fundação da Sociedade de Geografia.
§     1881: Inauguração do Museu Etnográfico e de Produtos Coloniais.
§     1884: Realização da primeira exposição agrícola.
§     1888: Inaugurado o primeiro troço do caminho-de-ferro de Luanda à Funda.
§     1917: Criação da Caixa Económica Postal.
§     1918: Estabelecida na cidade a filial do Banco Colonial Português.
§     1919: Criação do Liceu Central de Luanda.
§     1975: Angola conquista sua independência, elevando Luanda à capital de um país independente. Deflagra a Guerra Civil Angolana.
§     2002: Fim da Guerra Civil.
§     2010: Luanda recebe a Campeonato Africano das Nações



CONCLUSÃO
Depois de algumas investigação sobre a fundação da cidade de Luanda conclui que Luanda é a maior e a mais densamente habitada cidade de Angola. Inicialmente projectada para uma população a rondar nos 500 mil habitantes, é hoje uma cidade sobre-habitada. Segundo os últimos estudos, vivem actualmente em Luanda mais de 5 milhões de habitantes.


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